A fotografia da corrida eleitoral, captada nesta segunda-feira pelo Instituto Datafolha, indica que o próximo presidente da República será Fernando Haddad, do PT, ou Ciro Gomes, do PDT.
Isso porque, ao que tudo indica, um dos dois passará para o segundo turno, em que o rival tende a ser Jair Bolsonaro, que concorre pelo PSL e, mesmo após a facada de Juiz de Fora, viu sua rejeição crescer.
O resultado foi péssimo para os três principais candidatos da direita, que representam a agenda do golpe de 2016 e a política econômica de Michel Temer.
Bolsonaro cresceu apenas na margem de erro, indo de 22% a 24%.
Marina Silva, da Rede, praticamente desapareceu e despencou, caindo de 16% para 11%.
O tucano Geraldo Alckmin ficou estagnado nos 9%. Ou seja: o efeito da facada, até agora, parece ser apenas a consolidação de Bolsonaro como o candidato do golpe.
No campo progressista, o que já se anuncia é uma disputa ferrenha pela vaga no segundo turno entre Ciro Gomes, que foi de 10% a 13%, e Fernando Haddad, que teve o maior crescimento, passando de 4% a 9% – os dados do petista, no entanto, devem crescer quando ele for percebido pelo conjunto dos eleitores como o candidato de Lula.
A pesquisa também indica que Ciro venceria Bolsonaro com relativa facilidade, enquanto Haddad também teria condições de superá-lo, embora o quadro atual seja de empate técnico entre os dois.
A tendência natural é que todos os candidatos do campo democrático se unam contra a ameaça fascista.
247 com informações do DATAFOLHA