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Documentos mostram depósitos em conta na Suíça gerida por filha de Serra

Senador José Serra na cerimonia de posse dos novos ministros, Osmar Serraglio (Justiça) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores), em cerimonia no Palácio do Planalto. Brasilia, 07/03/2017.

A PGR (Procuradoria Geral da República) anexou documentos enviados ao Brasil por autoridades suíças ao inquérito que investiga supostos pagamentos da Odebrecht para o senador José Serra (PSDB). As investigações apontam que o dinheiro seria usado em campanhas do tucano. As informações são do jornal O Globo.

 Os documentos ainda destacam que uma empresa já mencionada pela Odebrecht como fornecedora de propina fez repasses de 400 mil euros a uma conta na Suíça. Entre os administradores da conta estaria Verônica Serra, filha do senador.

Os documentos chegaram ao Brasil no fim de julho e segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, abrem espaço para que as investigações sobre a suspeita de caixa 2 continuem.

Em nota, o senador José Serra afirmou ao Globo que rejeita a possibilidade de haver qualquer ilegalidade envolvendo o nome de sua filha e reafirmou que jamais recebeu nenhum tipo de vantagem indevida ao longo de sua vida pública.

OS DOCUMENTOS
Em 2017, Luis Eduardo Soares, executivo da Odebrecht, disse, em sua delação, que a offshore Circle Technical Company era usada pela Odebrecht para repassar propinas referentes às obras da Linha 2 do Metrô, do Rodoanel e da interligação da rodovia Carvalho Pinto.

Nos documentos enviados pela Suíça à PGR, é possível identificar 2 depósitos da Circle na conta Firenze 3026, no Arner Bank, na Suíça. Essa conta pertence à offshore Dormunt International, do Panamá, justamente a que tem Verônica como uma de suas administradoras.

Fernando Rodrigues

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