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Em 2018, BC já retirou de circulação R$ 17,9 milhões em notas falsas

DERRAME DE NOTAS FALSAS

Em 2018, o Banco Central já retirou de circulação o equivalente a R$ 17,9 milhões em notas falsificadas. Até 31 de julho deste ano, foram identificadas 268.229 cédulas falsas.

Segundo dados do BC, as preferidas dos falsificadores são as notas de R$ 100. Foram 129.111 notas desse valor retidas nos primeiros 7 meses deste ano. Em seguida, vêm as de R$ 50, com 81.250 notas fora de circulação. Eis os dados completos.


Até mesmo notas de pequeno valor são alvo de falsificação. Foram identificadas 1.480 notas de R$ 2; 7.884 notas de R$ 5 e 13.190 notas de R$ 10.

Esses dados incluem as notas da chamada 1ª família do real (lançadas de 1994 a 2010) e as da 2ª família do real (lançadas a partir de 2010), que têm tamanhos diferentes e mais itens de segurança. No período, foram retiradas 99.952 notas mais antigas de circulação e 168.277 notas novas. 

Em 2017, foram identificadas 538.298 notas falsificadas, o que corresponde a R$ 36,335 milhões. Desde 2000, já foram quase R$ 500 milhões.

O ano com mais notas apreendidas foi 2007, foram 678.873. O maior valor apreendido, entretanto, foi verificado em 2013, foram R$ 36,849 milhões.

De acordo com pesquisa feita pelo BC, 24% da população brasileira recebeu uma nota falsa nos últimos 6 meses. Quando o período analisado se estende para mais de 2 anos atrás, o percentual sobe para 39%.

Ainda segundo a instituição, a verificação de notas por parte da população é mais baixa quanto menor o valor da nota. Quase 40% da população nunca checa a veracidade de uma nota de R$ 100. Para valores menores, de até R$ 10, o percentual sobe para mais de 75%.

De acordo com as instruções do BC, a verificação de cédulas segue 5 passos

1ª família do real:

  1. observe a marca d’água, contra a luz, que fica na área clara à esquerda:

    • as cédulas de R$ 50 e R$ 100 apresentam como marca d’água apenas a figura da República;

    • as cédulas de R$ 5 e R$ 10 podem apresentar como marca d’água a figura da República ou a Bandeira Nacional;

    • a cédula de R$ 2 apresenta como marca d’água apenas a figura da tartaruga marinha com o número 2;

    • a cédula de R$ 20 apresenta como marca d’água apenas a figura do mico-leão-dourado com o número 20.

  2. observe a imagem latente: letras “B” e “C” no canto inferior esquerdo ficam visíveis sob luz abundante;

  3. observe, contra a luz, a estrela do símbolo das Armas Nacionais nos 2 lados da cédula. Eles devem se ajustar;

  4. sinta com os dedos o papel e a impressão, que apresenta relevo na figura da República, onde está escrito “Banco Central do Brasil” e nos números do valor da cédula;

  5. sempre que possível, compare a cédula com outra que tenha certeza de que é verdadeira.

2ª família do real:

  1. veja a marca d’água, contra a luz, que é diferente para cada cédula:

    • R$ 50: figura da onça-pintada e número 50;

    • R$ 100: figura da garoupa e número 100.

  2. descubra o número escondido, em um local com bastante luz. O número indicativo do valor aparece dentro do retângulo no lado direito da nota;

  3. descubra a Faixa Holográfica, que aparece ao movimentar a nota:

    • na nota de R$ 50, o número 50 e a palavra REAIS se alternam, a figura da onça fica colorida e na folha aparecem diversas cores em movimento;

    • na nota de R$ 100, o número 100 e a palavra REAIS se alternam, a figura da garoupa fica colorida e no coral aparecem diversas cores em movimento.

  4. Sinta o alto-relevo:

    • na frente – na legenda: “REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”, no numeral do canto inferior esquerdo, no numeral do canto superior direito (somente nas notas de R$ 50 e R$ 100) e nas extremidades laterais da nota;

    • no verso (notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100) – na legenda “BANCO CENTRAL DO BRASIL”, na figura do animal e no numeral.

  5. Sempre que possível, compare a cédula com outra que se tenha certeza ser verdadeira.

Caso receba uma nota falsa ou suspeita de 1 terminal de auto-atendimento ou caixa eletrônico, o BC orienta que a pessoa se dirija ao gerente de sua própria agência bancária para pedir providências de pronta substituição.

“Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco, o cidadão pode procurar uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência”, diz a instituição.

Em uma transição do dia a dia, o consumidor pode recusar a nota caso desconfie da autenticidade. “É importante sempre recomendar ao dono do exemplar suspeito que procure uma agência bancária para encaminhamento da nota para ser analisada pelo Banco Central.”

MARIANA RIBEIRO E MARLLA SABINO

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