Paulo Guedes deve perder o controle sobre postos estratégicos no seu Ministério ao longo da semana, tornando-se, cada dia mais, uma figura enfraquecida e sem capacidade de gestão.
Ele irá perder toda a área do antigo Ministério do Planejamento – inclusive a Secretaria de Orçamento Federal,
Waldery Rodrigues, segundo na hierarquia da pasta, deixa a Secretaria da Fazenda Nacional por determinação direta de Jair Bolsonaro e vira apenas assessor especial do ministro.
Bruno Funchal deixa o Tesouro Nacional e assume a Secretaria da Fazenda, abrindo a possibilidade para uma indicação política de algum nome designado pelo senador Davi Alcolumbre para a Secretaria do Tesouro.
Marta Seiller deve deixar a secretaria-geral do Plano Plurianual de Investimentos, que será indicado pelo Centrão.
Ainda sob resistência de Guedes, o presidente está insistindo em recriar o Ministério do Planejamento e alojar Rogério Marinho, arquirrival do ministro da Economia.
Para o Ministério do Desenvolvimento Regional, no lugar de Marinho, deve ser nomeado o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) a fim de conceder uma vaga pesada para o Senado no Ministério, furar o Orçamento e dividir votos – sobretudo do MDB – entre os senadores.
Guedes já recebeu até mensagem de texto do colega Luiz Eduardo Ramos, o general de pijama que ocupa a Casa Civil, agradecendo-o pela cordialidade com a qual está cedendo os anéis para não perder os dedos.
Em resposta a Ramos, Guedes tentava até este domingo (25) fazer de Marinho apenas presidente do Banco do Nordeste do Brasil – para conservar intacta a estrutura do seu outrora “superministério” e, ainda assim, abrir vaga para Gomes na Esplanada.
O Central que força no governo e a CPI da Covid-19 é a melhor a arma de convencimento.