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JUSTIÇA MANDA BLOQUEAR BENS DE PAULO PRETO, OPERADOR DO PSDB

Paulo Preto

Como o valor apontado como desviado do erário numa ação de improbidade é “possivelmente verdadeiro”, o juiz José Gomes Jardim Neto, da 9ª Vara da Fazenda de São Paulo, bloqueou bens do ex-diretor da Dersa, estatal paulista de estradas, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Ele é acusado de desviar recursos na construção do trecho sul do Rodoanel de São Paulo.

A ação foi movida pela Dersa, que pede a condenação de seu ex-diretor por improbidade administrativa e dano ao erário.

A Justiça também bloqueou os bens de outros dois investigados: o ex-chefe de assentamento da Dersa José Geraldo Casas Vilela e uma ex-funcionária dele, Mércia Ferreira Gomes, que teriam incluído no programa seis pessoas próximas ao convívio social de Paulo Preto.

“Deve ser concedida a medida de indisponibilidade de bens, circunstância indispensável à efetividade das medidas postuladas, ainda que, por possuir caráter acautelatório e não satisfativo, não haja óbice à sua reversão imediata caso a ação não seja procedente, há plena possibilidade de reversão”, considerou o juiz.

O ex-diretor da Dersa atuou em gestões do PSDB no governo paulista e é apontado como operador financeiro do partido.

Maior parte dos depósitos de Paulo Preto na Suíça foi na gestão Serra

Depois que foi nomeado diretor do Dersa (empresa responsável por obras rodoviárias de São Paulo) pelo então governador de São Paulo José Serra, em 24 de maio de 2007, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, abriu quatro contas no banco Bordier & Cie, em Genebra, segundo consta em documento enviado ao Brasil pelas autoridades suíças.

Entre os anos de 2007 e 2009 – governo Serra – essas contas receberam “numerosas entradas de fundos”.

“As quatro contas tinham um saldo de US$ 34,4 milhões quando Souza, conhecido como Paulo Preto, decidiu transferir os recursos da Suíça para as Bahamas, no começo de 2017. O valor equivale a R$ 121 milhões, quando corrigido pela cotação da última sexta (4).

Na Suíça, o ex-diretor da Dersa já estava sob investigação das autoridades que cuidam do combate à lavagem de dinheiro e corria o risco de ter os R$ 121 milhões sequestrados pelas autoridades.

Souza foi preso em 6 de abril pela Operação Lava Jato em São Paulo, sob acusação de ter desviado R$ 7,7 milhões na obra do Rodoanel Sul, o que seus advogados negam.”

Conjur

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