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O Banco Itaú, sozinho, deve ter um lucro líquido acima de R$ 27,9 bilhões em 2017.

De saída do Partido Social Cristão (PSC) para o Partido Social Liberal (PSL), o “mito dos pés de barro” Jair Bolsonaro (RJ) voltou a fazer barulho na Câmara, acompanhado de um séquito de defensores do militarismo.

Ao anunciar, oficialmente, a filiação ao PSL, Bolsonaro protagonizou ato promovido pelo partido na Câmara e, com artilharia apontada contra o “politicamente correto”, afirmou que o ex-ministro da Defesa, Raul Jungmann, agora titular da pasta extraordinária da Segurança Pública, é um “comunista”.

O deputado presidenciável, ao criticar partidos de esquerda, afirmou que a bandeira brasileira só será vermelha com seu sangue – referência à cor que identifica o PT do ex-presidente Lula, cuja rejeição de parcela do eleitorado é usada por Bolsonaro para reforçar sua pré-candidatura.

Além de Bolsonaro, o PSL terá outros oito deputados: Eduardo Bolsonaro (SP), Major Olímpio (SP), Carlos Manato (ES), Mandetta (MS), Marcelo Álvaro Antônio (MG) e os delegados Waldir (GO), Francischini (PR) e Éder Mauro (PA).

A expectativa é que a bancada do partido conte com cerca de 20 deputados até o fim da janela.

Ao chegar ao plenário, Bolsonaro foi recebido aos já característicos gritos de “mito” – expressão que passou a ser ridicularizada por adversários como mantra dos chamados “Bolsominions” – e clamores de “presidente”.

Apontado como membro da chapa presidencial do deputado, o senador Magno Malta (PR-ES) chegou ao ato sob gritos de “vice” e discursou por mais de meia hora.

Antes de tomar a palavra, Bolsonaro convidou o possível candidato a vice para fazer uma oração.

Entre uma intervenção e outra, ataques à imprensa – que, por força do ofício, cobria o evento.

Caprichando no tom bélico do discurso, Bolsonaro afirmou que a chamada “bancada da bala” aumentará na próxima legislatura e, com o deputado Francischini, delegado por formação, poderá ser a “bancada da metralhadora”.

“Mais importante que a nossa vida é a nossa liberdade”, disse, antes de afirmar que Jungmann é um “desarmamentista e comunista”.

Já falando como pré-candidato do PSL à Presidência da República, o deputado afirmou que “ditaduras se consolidam depois do programa de desarmamento”, que afirma ter sido feito nos governos FHC e Lula, e que é necessário mudar a questão do armamento no país.

Aproveitando a data do dia Internacional da Mulher ele tem dito que, para acabar com o feminicídio, é só distribuir armas para mulheres, com o objetivo de que elas mesmas se defendam.

“As ditaduras se consolidam depois de um programa de desarmamento, como foi feito lá no governo de FHC até o governo Lula.

Nós temos que mudar a questão do armamento no Brasil. Temos aqui vários parlamentares que são chamados, jocosamente, de ‘bancada da bala’.

Essa bancada vai crescer no ano que vem”, discursou Bolsonaro, ovacionado por sua claque.

Com uma bandeira brasileira na mão, o deputado também afirmou que “só tem um jeito dessa bandeira ficar vermelha, e é com o meu sangue”.

Bolsonaro e os outro oito deputados que passarão a integrar as fileiras do PSL só assinarão as fichas de filiação ao novo partido nos próximos dias, para evitar nulidade na janela partidária que se iniciou na (quinta, 8).

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