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O Brasil vai perder mercado árabe para EUA, Índia, Turquia e Argentina

Brasil perdendo mercado árabe

A abertura de apenas um escritório brasileiro de negócios em Jerusalém(Israel), em vez da transferência da embaixada para lá, não foi suficiente para atenuar a insatisfação dos países árabes com a política externa do governo Bolsonaro.

O país se arrisca a perder espaço na exportação de carne bovina, frango, soja e milho.

Os árabes criticam apoio para Jerusalém ser capital de Israel, em vez da Palestina. As informações são do UOL.

Rubens Hannun, presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, afirmou que há uma insatisfação entre os representantes diplomáticos árabes por causa de um “movimento desnecessário” por parte do governo Bolsonaro, que pode ameaçar a preferência dos árabes pelos produtos brasileiros.

“Acho que deve haver um impacto no comércio, mas não há como quantificar”, afirmou.

Michel Alaby, que atuou por 35 anos na Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, tendo exercido vários cargos, inclusive o de presidente, disse ao UOL que a Liga Árabe (22 nações ao todo, excluindo muçulmanos não árabes, como Turquia e Paquistão) pode trocar os principais produtos brasileiros por fornecedores de outros países, entre eles, Índia, Turquia, Estados Unidos e Argentina.

No ano passado, as exportações totais brasileiras para os países árabes somaram US$ 11,49 bilhões, uma queda 14,8% em relação a 2017, quando alcançaram US$ 13,59 bilhões.

Esse escritório em Jerusalém desequilibrou as relações, afirmou o presidente da Câmara do Comércio Árabe no Brasil.

NP

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