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PLANO DE GUEDES PODE ARREBENTAR A INDÚSTRIA

Paulo Guedes e Bolsonaro o fim da indústria nacional

Enquanto os países desenvolvidos se fecham e protegem seus mercados, a equipe econômica de Paulo Guedes quer baixar tarifas de importação de produtos industriais no Brasil, sem exigir nenhuma contrapartida.

A ideia é que as tarifas de todos os bens importados sejam reduzidas em quatro anos.

Os produtos que atualmente são taxados de 20% a 35%, como eletrodomésticos, automóveis e confecções, passariam para 15%.

Os com tarifa de 15% a 20%, como alguns bens de capital, para 10%.

Tarifas de 5% a 15%, que atinge produtos siderúrgicos, por exemplo, cairiam para 5% e, as abaixo de 5%, como matérias-primas, para zero.

Outra proposta defende iniciar o corte nas tarifas pelos bens de capital e informática, o que poderia ser feito dentro das regras do Mercosul.

Prevê também a redução das tarifas sobre produtos siderúrgicos.

As tarifas seriam cortadas gradualmente até chegar a 4% em 2021, em linha com a média mundial.

Hoje, vão de 8% a 35% para bens de capital, de 6% a 25% para informática e de 8% a 14% para o setor siderúrgico.

O objetivo, nesse caso, seria melhorar a competitividade.

As propostas de abertura comercial com redução unilateral das tarifas de importação contraria a posição da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para a qual a abertura deve ser feita por meio de acordos comerciais que prevejam alguma contrapartida para o País.

“Somos a favor da abertura, desde que seja por meio de acordos internacionais”, disse o presidente da CNI, Robson Andrade.

“Abertura unilateral, que benefício tem?”

Ele defende que o Brasil receba algo em troca pela abertura de seu mercado. Por exemplo, novas tecnologias e inovações.

Para Andrade, se as tarifas forem reduzidas abruptamente, o resultado pode ser a perda de investimentos que seriam feitos no País por empresas estrangeiras.

Leonardo Attuch

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