O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado pelo mercado como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, subiu 0,09% em fevereiro na comparação com janeiro.
O resultado foi divulgado nesta 2ª feira (16.abr.2018) pelo Banco Central e traz dados dessazonalizados (valores compensados para comparar períodos diferentes) e reverteu parte do tombo de 0,56% observado no mês anterior.
Na comparação com fevereiro de 2017, o índice do BC prevê uma alta de 0,66% na atividade em fevereiro, o 3º resultado positivo consecutivo. Em 12 meses, a expectativa de crescimento é de 1,32%.
Tanto na comparação com janeiro quanto com fevereiro de 2017, os dados do IBC-BR vieram abaixo das expectativas de analistas consultados . Eles esperavam, na média, alta de 0,13% mês a mês, e de 1,12% interanual.
Divulgado todos os meses desde 2010, o IBC-Br é uma medida antecedente do crescimento econômico do país. O índice incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e setor de serviços, assim como os impostos sobre os produtos. Já o PIB oficial do país é medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O fraco desempenho do IBC-Br nos 2 primeiros meses de 2018 dá novo impulso para dúvidas sobre os efeitos reais da queda de juros promovidas pelo Copom (Comitê de Política Monetária) desde 2016.
O relatório Focus, divulgado hoje pelo BC (íntegra), apontou que os analistas de mercado revisaram para baixo sua expectativa de alta do PIB em 2018, de 2,80% para 2,76%. Os economistas ouvidos pelo BC mantiveram projeção de crescimento de 3% na economia em 2019.
