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Questão no DF sobre hit funk chama Popozuda de ‘grande pensadora’

Um professor de filosofia da rede pública do Distrito Federal provocou polêmica depois de citar a funkeira Valesca Popozuda como “grande pensadora contemporânea” em uma prova aplicada a alunos do Centro de Ensino Médio 03 de Taguatinga. Por telefone, a Secretaria de Educação reconheceu que a questão foi elaborada pelo docente Antônio Kubitschek, mas disse que não vai se posicionar oficialmente a respeito.

 

o enunciado número 11 da prova, o professor pede que os estudantes completem o trecho “se bater de frente”, do hit “Beijinho no ombro” A resposta correta é a letra A, que traz “é só tiro, porrada e bomba”. O homem dá aulas para as turmas de 2° e 3º anos.

 

Em redes sociais, o professor foi duramente criticado e ironizado pela questão. Mas o professor defendeu a inclusão da questão na prova e comentou as postagens que a funkeira fez em redes sociais sobre o assunto. “Acho que a Valesca foi muito feliz ao levantar as críticas contra o preconceito em relação ao funk e à ela, assim como quanto aos problemas dos professores”, disse ao G1.

 

A prova de múltipla escolha com 12 questões foi aplicada aos alunos do 3º ano na última sexta-feira. O tema da prova a “Construção dos valores e moral da sociedade”. A prova foi feita por 360 alunos.

 

O professor disse que o tema foi discutido com os alunos. “Partiu da discussão de sala de aula. Como se constrói um valor da sociedade?”, indagou. Ele disse que já esperava que a questão fosse render reportagens e afirmou que gostaria de ver em que situações os jornalistas vão à escola.

“As discussões foram válidas. O objetivo não era se a Valesca era ou não uma grande pensadora. De acordo com alguns pensadores franceses, todo aquele que consegue produzir um conceito é um pensador. Dentro disso, sim, ela é.”

 

Ele também afirmou que o objetivo foi mesmo provocar. “Se trouxesse Chico Buarque, a prova seria considerada mais intelectual do que provocativa. É preciso criar essa proximidade com os alunos.”

 

Para a aluna do 3º ano Brenna Sanna, de 18 anos, a repercussão negativa em torno da questão é “sem sentido”. Ela afirma concordar com a inclusão da música na avaliação.

 

Fonte: G1/ foto web.

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