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Superconsórcio liderado pela Petrobras vence 1º leilão de Libra

Superconsórcio formado por Petrobras (10%, mais os 30% obrigatórios), Shell (20%), Total (20%) e as chinesas CNPC e CNOOC (10% cada) vence leilão do pré-sal Libra. A disputa seguiu parcialmente o roteiro esperado, e apenas um consórcio vencedor apresentou proposta e obteve o direito de explorar por 35 anos o campo gigante de Libra, no pré-sal da bacia de Campos, que consumirá R$ 400 milhões em investimentos nesse período.

Não houve ágio em relação à oferta mínima de 41,65% de retorno para o governo do petróleo produzido. No leilão sob o regime de partilha, vence quem ofereceu o maior retorno em petróleo para o governo, além de pagar um bônus de R$ 15 bilhões (recursos que serão usados para chegar à meta de superávit primário, a economia para o pagamento de juros da dívida, deste ano) e se comprometer a um conteúdo local mínimo de bens e serviços.

A Petrobras, além da participação obrigatória por lei de 30% no consórcio vencedor e de liderar os rumos da exploração e produção do campo, ficou com uma fatia adicional de 10%. Para especialistas, a oferta veio na pior hora para a empresa, que está endividada e com fraca geração de caixa diante do represamento, por parte do governo.

Em contraponto à tranquilidade e à rapidez do leilão, do lado de fora do hotel, na Barra da Tijuca, o cenário era de confusão. Os policiais da Força Nacional já lançaram pelo menos duas bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Segundo o Ministério da Justiça, a reação se deveu a uma tentativa de invasão dos manifestantes, que teriam inclusive atirado pedras e atingido um policial. Dois manifestantes também teriam sido feridos.

A praia foi fechada nas imediações do hotel, mas mesmo assim alguns banhistas arriscavam caminhar na areia, sem que fossem impedidos pelos militares.

Fonte: Redação / Folha de SP

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