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TEMER COLOCA INDÚSTRIA DO BRASIL NA LANTERNA GLOBAL

Os cabeças de prego

O estrago econômico do golpe foi medido pelo banco alemão Deutsche Bank, que colocou a indústria brasileira em último lugar no mundo, em dezembro de 2016, utilizando o índice PMI (que mede as intenções de encomendas do setor).

No Brasil, o índice PMI foi a 45,2 em dezembro e é o menor sem seis meses.

Curiosamente, o mundo voltou a crescer, enquanto o Brasil decidiu afundar com seu golpe contra a democracia e contra os trabalhadores.

O relatório do Deutsche aponta, por exemplo, que houve crescimento nos Estados Unidos, na Europa, na China e no Japão.

Abaixo, trecho do relatório em inglês:

The December PMI data shows an ongoing strengthening of the global economy in a number of respects:

i) All large economy manufacturing sectors are growing, and the PMIs for all of the US, Japan, EUR and China are up over the last 3m.

ii) Only Greece in the DM world has a PMI below 50.

iii) Weak spots, like Brazil and Turkey represent ongoing domestic problems, while India’s PMI slide below 50 is easily explained by the demonetization shock.

On a 12m change basis the US ISM shows the biggest improvement, but this highlights US weakness a year ago, more than unusual strength of late.  This time the US is holding its own despite a strong USD, because global growth is more resilient, thanks to commodity prices finding a floor, less stress on high yield, and less spillover onto risk appetite from China currency weakness. In addition, the US economy has had time to adapt to USD strength and is now looking toward a fiscal stimulus.  These are all reasons why the USD rally will not immediately be ‘the source of its own demise’, when compared with early 2016.

Confira, ainda, o gráfico:

grafico

 Abaixo, reportagem da Reuters sobre o declínio da indústria brasileira:

A atividade industrial do Brasil atingiu em dezembro o patamar mais fraco em seis meses em meio a fortes quedas nos volumes de produção e no nível de emprego, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira.

O IHS Markit informou que o PMI foi a 45,2 em dezembro de 46,2 em novembro, com a recessão econômica afetando com força a entrada de novos negócios e a produção e ampliando o cenário de retração do setor –leitura abaixo da marca de 50 aponta contração.

Além da fragilidade econômica, a demanda fraca e as pressões competitivas levaram o nível de novos trabalhos a cair em dezembro com a maior força em seis meses. Os novos pedidos para exportação também apresentaram perdas.

Isso levou a produção a cair pela taxa mais rápida desde junho, com reduções em todos os três subsetores pesquisados, sendo a mais acentuada entre os bens de capital.

Esse cenário levou a mais cortes de empregos, chegando ao 22º mês de perdas, com destaque para os trabalhadores do setor de bens de capital.

Já a inflação de custos chegou a um recorde de quatro meses em dezembro, levando a um aumento mais forte nos preços de venda. O enfraquecimento da moeda fez com os preços pagos por produtos importados aumentassem, ao mesmo tempo em que algumas empresas tentaram proteger as margens de lucro.

“O cenário para 2017 parece adverso em meio a vários obstáculos significativos que a economia brasileira enfrenta, incluindo a deterioração do mercado de trabalho, o consumo fraco, cortes de orçamento, distúrbios políticos e demanda fraca nos mercados externos”, apontou em nota a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima.

Em outubro, a produção industrial recuou 1,1 por cento sobre o mês anterior, no pior resultado para o mês desde 2013 e iniciando o quarto trimestre com mais fraqueza, de acordo com os dados do IBGE.

Reuters

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