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Transferência de votos provará ser inútil veto à candidatura Lula

Manuela, Haddad e Lula

A vontade popular, como um líquido, procura e descobre por onde se derramar-se se lhe fecham a torneira por onde deveria, naturalmente, fluir.

Os pretensiosos é que crêem que o povo, qual um peru num círculo de giz, fica desorientado e não descobre como fugir de um cativeiro que é, apenas e tão-somente, simbólico, porque não abateram sua determinação política.

Por isso se surpreendem com o resultado da pesquisa da Corretora XP/Banco Itaú que revela que, obrigado a substituir-se por Fernando Haddad na disputa presidencial, Lula já o coloca no 2° turno.

Arrisco-me a dizer que, a esta altura, já em empate técnico com Jair Bolsonaro, porque a pesquisa (curiosamente tabulada em inglês, já se vê) é por telefone – que elimina do universo pesquisado a gente mais pobre e mais remotamente situada.

Área onde a força de Lula é unanimemente reconhecida quanto pelo fato de que também contém os 3% dos votos em Manuela Pinho, sua vice, o que faz com que se aproxime, fácil, dos 20%.

Sabe-se que o pequeno espaço que não podem tirar da  esquerda na televisão vai multiplicar o conhecimento de quem é o candidato de Lula se não permitirem que ele concorra.

Só existe uma maneira de, tendo de representar Lula, Haddad não ir ao segundo turno e vencer.

É não aceitar “ser o Lula”, o que vai para a urna e para o Governo em nome de Lula e que será de Lula o comando da ação política de governo.

Quando há coerência entre os personagens, a transferência de votos se opera sem traumas.

Fernando Brito

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