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7º EME da UNE – a cultura feminista transformando o Brasil

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O 7º EME da UNE, realizado entre os dias 25 à 27 de março em Niterói, se transformou no centro da cultura feminista estudantil brasileira e reuniu mais de 2 (duas) mil mulheres de todo país só na sua abertura.

O EME é um dos maiores festivais políticos e um dos mais importantes fóruns para mulheres estudantes. As atividades – que aconteceram na Universidade Federal Fluminense (UFF) – passaram por debates sobre os desafios da luta pela democracia, por GTs que discutiram a violência contra mulher, transfobia, juventude e feminismo negro, e uma série de assuntos muito importantes para os feminismos e para a luta das mulheres.

O Encontro das Mulheres Estudantes foi um evento aberto ao público feminino de todas as matizes, a inscrição (de R$33,00) dava direito à alimentação durante todos os dias de evento, sendo isentas da taxa de inscrição as estudantes cotistas e beneficiárias do PROUNI ou do FIES.

O tema dessa edição foi “a cultura feminista transformando o Brasil”, tendo na cultura feminista algo construído no dia a dia.

A temática se desenvolveu em relação à solidariedade, coragem, criatividade política e uma produção extensa de novos modos de vida.

Os debates e Grupos de Trabalho se enveredaram por novas formas de sociabilidade, opostas à cultura patriarcal, que propõe a igualdade de gênero, de raça e de sexualidade. A cultura feminista, amplamente discutida no EME, aponta uma sociedade livre de opressões e com novos marcos de coexistência entre os e as diferentes.

Por fim, o fortalecimento da militância das mulheres no Brasil e a construção de uma agenda concreta de lutas se consolidou como objetivo do evento. A diretoria de Mulheres da UNE trabalhou – e continua trabalhando – para que a mobilização do EME ultrapasse os muros da universidade e consiga dialogar com experiências que se desenrolam em outras esferas da sociedade, promovendo conexões entres esses mundos e propiciando redes que fortaleçam as ações conjuntas.

O EME cada vez mais se apresenta como um grande festival político das mulheres no Brasil. Se as participantes saírem do EME da UNE convencidas da importância da auto-organização para a transformação de suas vidas, entendendo que transformar suas vidas também significa transformar a vida das outras, e, portanto, transformar uma sociedade por inteiro, sem dúvida alguma, o 7º EME cumpriu seu papel.

Cleide Gonçalves

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