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Ku Klux Klan: homem se fantasia de supremacista em escola de São Paulo

Influência bolsonarista

Viralizou um vídeo nas redes sociais, na última segunda-feira (20), no qual um homem que utiliza uma fantasia semelhante às roupas usadas pela Ku Klux Klan – grupo racista, anticomunista e antissemita – caminha pelo pátio da Escola Estadual Amaral Wagner, em  Santo André (SP).

Carlos Giannazi (PSOL-SP), deputado estadual, afirmou em suas redes sociais que o envolvido seria um professor da rede estadual de ensino.

“Inaceitável! Estou acionando a Seduc e a Diretoria de Ensino de Santo André contra essa cena racista e deplorável de um professor fantasiado com a roupa da Ku Klux Klan, dentro da EE Amaral Vagner.”

Racistas, não Passarão!, escreveu o parlamentar.

Wesley da Dialogue (Podemos), vereador de Araçatuba (SP), também utilizou suas redes para dizer que o homem é um servidor.

“O nosso estado não pode permitir que um professor de escola pública vá fantasiado com roupa do grupo supremacista Ku Klux Klan para a escola! O caso ocorreu na E.E Amaral Vagner”.

Thiago Auricchio (PL-SP), deputado estadual eleito e que representa a região do Grande ABC, afirmou que irá “cobrar da Diretoria de Ensino um esclarecimento” referente ao caso.

Grêmio Estudantil e a Atlética da instituiçãode ensino se posicionaram de maneira contrária ao ocorrido e ressaltaram que o homem foi vaiado, expulso da quadra e encaminhado à direção para prestar explicações.

“O caso foi registrado na unidade escolar e encaminhado a diretoria de ensino, órgão responsável por cuidar de casos ocorridos nas escolas estaduais e que pode tomar medidas a respeito do ocorrido. Afirmamos que tanto a escola quanto o Grêmio e a Atlética tomaram todas as medidas que estavam ao seu alcance, incluindo, conforme dito anteriormente, prestar esclarecimentos e se retratar com os alunos presentes no dia através de seus representantes de classe”, afirma os grupos.

A Secretaria de Educação foi questionada sobre o ocorrido e informou que está à disposição dos pais e responsáveis pelos alunos para esclarecimentos. Confira a nota na íntegra:

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informa que, assim que soube do caso, abriu apuração preliminar e iniciou os trâmites para afastamento imediato do professor envolvido, que é efetivo, até o término da apuração.

A Diretoria de Ensino de Santo André formou uma comissão interracial para averiguar os fatos.

A Pasta não admite qualquer forma de discriminação e injúria racial. Com o compromisso de combater casos de racismo, a Seduc-SP trabalha veemente na formação de toda a rede com a Trilha Antirracista, bem como atua na promoção de um ambiente solidário, colaborativo, acolhedor e seguro nas escolas.

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