Tempo - Tutiempo.net

Novos advogados deverão atuar com tecnologia e inteligência virtual, afirma professor

Nesta quinta-feira (11), foi comemorado o Dia do Advogado, e também o Dia do Estudante. Para marcar a data, o Bahia Notícias entrevistou o professor de Direito Diogo Guanabara, coordenador do curso de pós-graduação em Direito Digital da Faculdade Baiana de Direito.

Na entrevista, o professor discutiu pontos importantes da profissão, e avaliou que o mercado não tem mais capacidade de absorver os bacharéis em Direito nos formatos tradicionais.

Somente no Brasil, são mais de 1,2 milhão de advogados e 1.240 cursos de Direito.

Na Bahia, são quase 55 mil inscritos nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

“As demandas sempre vão existir que necessitarão de uma solução jurídica, mas não neste volume”, afirma o professor.

Para ele, o problema desse inchaço é a precarização da atividade e falta de perspectivas para algumas áreas. Entretanto, ele pontua que esse inchaço surgiu em decorrência do aumento de cursos superiores nos últimos anos.

A busca pelo curso de Direito é fruto da história de ser mais elitista e o senso comum foi de buscar acessar esse conhecimento.

Por isso, Guanabara defende o Exame de Ordem como um filtro para o mercado. “Se tem a falsa ideia de que a liberdade de trabalho no Brasil é absoluta, mas não é.

A Constituição Federal prevê a regulamentação de algumas profissões por lei, e nós temos, pois o Estatuto da OAB permite a advocacia via realização do Exame.

O Exame de Ordem é crucial para aferir a qualidade de ensino no Brasil”, declara o professor de Direito. Apesar de diversas resistência de setores da sociedade, Guanabara afirma que o Exame é realizado em vários países.

“O que fazemos aqui não é nada diferente do que é feito no resto do mundo”, frisa.  Confira a entrevista na íntegra na Coluna Justiça.

OUTRAS NOTÍCIAS