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O marketing da barbárie

O tal Olímpio quer professores e funcionários armados nas escolas para “evitar tragédias” como a de Suzano.

Flávio Bolsonaro quer facilitar a instalação de fábricas de armas e de munições.

A Bancada da bala usa massacre de Suzano para faturar, mostra Bernardo de Mello Franco, em O Globo.

A cereja podre do bolo amargo veio hoje, mais cedo, quando o histérico vereador Fernando Holiday, do MBL, foi ao Twitter anunciar que tentará obstruir a indicação do nome de Marielle Franco a uma praça paulistana, pela falecida ter sido “uma vereadora extremista que defendia ideais perturbadores”.

Não, não é apenas estupidez e insensibilidade, embora sejam estúpidos e insensíveis.

É o marketing da selvageria com que se promovem ante uma sociedade transtornada pelo ódio que nossas elites construíram.

Não são elementos curiosos, “folclóricos”, apenas bobalhões, como muita gente tende a ver.

São os vermes do ódio que sobrenadam no caldo de brutalidade que impuseram ao povo brasileiro.

Só há uma maneira de acabar com eles, é secar este caldo, sem o qual voltam a ser as larvas que eram.

Desprezem-nos, porque é só o que merecem.

Mas a mídia mexe e remexe essa panela, porque precisa desta gente para impedir que o povo brasileiro recorde que, não faz muito tempo, este era um país de esperanças.

FERNANDO BRITO

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