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Professora pede demissão após escola pedir que ela exclua alunos do Facebook

Uma professora substituta de 79 anos pediu demissão depois que a escola pediu que excluísse milhares de alunos do seu perfil do Facebook. Ensinando há 35 anos, a americana Carol Thebarge anunciou a decisão em sua página da rede social: “Hoje vai ser o meu último dia no colégio Stevens High. Me deram um ultimato: ou eu deletava cada estudante que adicionei como amigo no Facebook, e não colocasse mais fotos com meus alunos, ou eu seria demitida”.

 

De acordo com o site britânico Daily Mail, a substituta começou a lecionar aos 44 anos, depois que um dos seus netos morreu. Ela também atua como planejadora de casamentos, e estuda para tirar um certificado de conselheira para pessoas dependentes de substâncias químicas. 

 

Ela disse que monitora sua página do Facebook rigorosamente, e bloqueia estudantes se eles agirem de forma que ela considere inapropriada. Para adicionar Carol, você precisaria ser um dos seus estudantes, com uma foto de perfil para que ela pudesse comprovar sua identidade.

 

“Eu tive uma carreira maravilhosa. Eu não me ressinto dessa nova política – eles têm de fazer o que eles precisam. Eu só não queria que terminasse desse jeito”, disse a professora. Carol disse que a política da escola foi implementada depois que o professor de matemática Christopher LeBlanc foi demitido e penalizado por abusar sexualmente de uma adolescente de 14 anos, aluno dele. “Não me penalize pelo crime de outra pessoa”, pediu a substituta.

 

Inicialmente, ela foi instruída para remover os estudantes da sua página na rede social há alguns anos, mas depois de excluir 50 nomes, ela reconsiderou sua decisão. “Alguns dos estudantes que eu excluí na época me procuraram, perguntando o que eles tinham feito de errado”, comentou. “Eu escondi a minha lista, mas então me dei conta que sempre os ensinei a viver de acordo com a verdade, e resolve desbloqueá-los”.

 

Carol Thebarge também relatou que seu contato com os alunos na rede social era importante porque alguns deles lhe enviavam mensagens privadas no Facebook, buscando conselhos para lidar com a depressão ou o bullying de alguns coleguinhas. 

 

O anúncio da aposentadoria dele recebeu mais de 1000 curtidas e 200 comentários. Enquanto alguns alunos garantiram que iriam protestar contra a decisão do colégio, Carol disse que preferia que eles permanecessem nas aulas.

 

Carol pretende continuar ensinando em outro distrito escolar, mas descartou a chance de retornar para a escola antiga. “Não é que eu não queria rever os garotos, mas a administração me decepcionou bastante”. 

 

O superintendente do colégio Claremont, Middleton McGoodwin, disse que o Conselho Escolar  bane professores de fazer amizade com alunos nas redes sociais. Ele se reuniu com a professora na semana passada e pediu para ela reconsiderar a demissão, e disse que apesar dela ser uma boa pessoa, eles não podiam criar uma exceção para as regras. 

 

Ele ainda disse que a decisão foi tomada por Carol Thebarge, e que como ela não tinha contrato formal com a escola por ser professora substituta, ela não pode ser demitida – eles simplesmente não irão chamá-la quando houver uma posição disponível. Desde o sábado (7), uma petição para reintegrar Carol Thebarge ao corpo escolar já coletou mais de 675 assinaturas.

Fonte: R7/ Foto: web.

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