Tempo - Tutiempo.net

Secretário da Saúde diz ser um equívoco decisão judicial para volta às aulas

Vilas-Boas Secretário de Saúde da Bahia

Para o secretário estadual da saúde, Fábio Vilas-Boas, é um equívoco a decisão da 6ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, que ordenou o retorno das aulas presenciais no Estado da Bahia.

Ele disse que tem esperança de que a justiça possa rever a decisão, uma vez que nesse momento, com o crescimento do número de mortes em todo o país, não é hora de voltar às aulas.

O secretário afirma que é preciso aguardar ao menos duas semanas para que seja observado algum sinal de estabilidade dos índices de ocupação de leitos e de mortes pela doença.

Ele também lembra que o risco de contaminação não ocorre apenas na sala de aula, mas também no transporte até as unidades de ensino.

No final de semana, a Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA) ingressou com pedidos para que a decisão de retorno às aula seja suspensa.

No dia 12 de fevereiro o governador se pronunciou da seguinte forma:

O governador contou que em novembro de 2020, quando os números da epidemia no Brasil se mostravam mais controlados, chegou a organizar protocolos para a retomada das aulas presenciais.

Com o aumento dos casos, porém, seu governo foi forçado a recuar.

“Não temos condições de fazer isso. Eu pretendia voltar desde de novembro, porque até o final de outubro a doença vinha caindo fortemente. Infelizmente cresceu em dezembro, cresceu mais ainda em janeiro e de lá para cá a curva é só ascendente. Saímos de 20 óbitos por dia em outubro e chegamos a  mais de 60. A curva é fortemente ascendente”.

“Há uma pressão principalmente do setor privado para a abertura das escolas, mas nós não vamos abrir neste momento”, cravou.

Segundo Rui Costa, a reabertura de escolas poderia causar um colapso no sistema de saúde baiano em até dez dias.

“Neste momento nós não podemos abrir um novo vetor de transmissão. Seria uma completa irresponsabilidade minha. Seria dizer que não em três semanas, mas em uma semana ou dez dias estaríamos chegando ao colapso do número de leitos. Então isso não pode ser feito”.

cljornal com informações da Secom.

OUTRAS NOTÍCIAS