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Bruno Fratus passa em terceiro, e Cielo, em 8º para a final dos 50m livre do Mundial

Brasil é o único país a colocar dois na final da prova mais rápida da natação. Fratus consegue 21s60 e avança com tranquilidade; Cielo prova estar bem novamente e entra com o 8º tempo

O Brasil terá dois atletas na final da prova mais rápida do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo realizado em Budapeste, na Hungria. Nesta sexta-feira, Bruno Fratus avançou para a final com o terceiro melhor tempo (21s60), enquanto Cielo foi com o oitavo (21s77) na semifinal. O melhor foi o americano Caeleb Dressel, que anotou 21s29.

A decisão será neste sábado, às 12h30 (de Brasília, com SporTV e tempo real do SporTV.com).
Os dois brasileiros nadaram na segunda semifinal. Apesar de Caeleb Dressel ter vencido a primeira série com um excelente tempo – 21s29 -, as outras marcas não foram tão baixas. O americano Adrian Nathan, 4º colocado, tinha marcado 21s83. Com isso, as chances de Cielo conseguir chegar à final aumentaram. Na largada, Fratus pulou na frente.

Cielo conseguia acompanha-lo e brigava pelo segundo lugar com o grego Kristian Gkolomeev. Mas nos metros finais, ele perdeu fôlego e bateu em quinto lugar na série. Mesmo assim, o tempo de 21s77 foi suficiente para ele entrar na final.

Bruno Fratus e Cesar Cielo passam para a final dos 50m no Mundial de Budapeste
É a segunda vez que os dois vão juntos para a final dos 50m livre de um Mundial. Em 2011, na China, os dois passaram com os melhores tempos para a decisão, em que Cielo foi campeão, e Fratus foi quinto. Na Olimpíada de 2012, estiveram na final, com Cielo terminando em terceiro e Bruno na quarta posição.

A classificação para a final dos 50m livre é uma grande vitória para Cesar Cielo após não conseguir tempo para disputar a Olimpíada Rio 2016. Campeão olímpico em 2008 e bronze em 2012 na prova, Cielo chegou a pensar em encerrar a carreira no fim do ano passado. Tirou um período sabático, curtiu a família e o filho Thomas, que nasceu em setembro de 2015. Mas voltou a treinar em fevereiro após nove meses parado e conseguiu a vaga para o Mundial durante o Troféu Maria Lenk, marcando 21s79. Por isso, Cielo estava muito feliz após a prova.

– Objetivo era entrar na final. Tô feliz de estar de volta. Foram cinco meses de treino e me coloquei de novo no meio das feras. Não tenho nada a perder. Estou na raia 8, a pressão está nas raias do meio, está no Dressel, que está em uma velocidade fora do normal aqui na competição.

Estou na final. Agora tudo pode acontecer. A minha primeira medalha importante na vida veio na raia 8 (bronze na Olimpíada de Pequim em 2008 nos 100m). Tentar desfrutar desta final agora, sem pressão, tentar baixar mais um pouco o meu tempo e ver o que acontece – disse Cesar Cielo, que não consegue quebrar a marca dos 21s50, tempo considerado necessário para tentar sonhar com um pódio nos 50m livre, há mais de três anos.

Cesar Cielo comemora classificação para a final dos 50m: “Sem pressão”

A temporada de Fratus tem sido muito positiva. Na preparação para o Mundial, disputou cinco torneios na Europa, alguns contra os melhores do ranking, e foi campeão em todos. Nesta eliminatória, seu 21s51 representa sua melhor marca na temporada com sobras, superando o tempo da seletiva, em maio, no Rio, 21s70. Mas a disputa contra o americano Caeleb Dressel vai ser dura. Ele fez o melhor tempo do ano na semifinal com 21s29.

– Só me liguei em ganhar a prova e garantir que estaria na final. Entrei na água meio esquisito, acabei ficando relaxado demais. Um errinho de um menino pouco experiente, nunca fui para Mundial (risos) – disse Bruno Fratus, finalista em Xangai 2011 e Kazan 2015, quando conquistou o bronze.

Henrique Martins ficou em sexto lugar em sua série dos 100m borboleta, anotou 51s47, e acabou em 11º lugar. A marca é a melhor da sua vida, melhorando um centésimo o que fez pela manhã, quando avançou para a semi.

Agora ele se prepara para o revezamento 4x100m medley, que será no domingo, onde deve nadar ao lado de Guilherme Guido (costas), Marcelo Chierighini (livre) e João Gomes ou Felipe Lima (peito)

Guilherme Costa

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