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Juventus x Real Madrid: o mundo volta os olhos para a decisão da Liga em Cardiff

uventus e Real Madrid decidem neste sábado quem será o grande campeão europeu da temporada. Enquanto a equipe italiana prima pela defesa consistente, o time espanhol tem o ataque em seu DNA

Não há como negar. A final da Liga dos Campeões, neste sábado, entre Real Madrid e Juventus, em Cardiff, no País de Gales, a partir de 15h45 (de Brasília), será também um duelo entre estilos distintos.

De um lado, uma equipe que se destaca pela eficiência do jogo coletivo e a solidez de seu sistema defensivo, comandado pelo veterano goleiro Buffon.

Do outro, um time que tem a busca pelo ataque no seu DNA e aposta muito no brilho individual de suas estrelas, em especial o atacante português Cristiano Ronaldo.

Em termos de campanha, a Juventus tem aproveitamento superior. Está invicta na competição com nove vitórias e três empates (aproveitamento de 85%).

E ostenta a impressionante marca de só ter levado três gols. Muito disso se deve a excepcional forma de Buffon, de 39 anos, que pode se tornar hoje o jogador mais velho a erguer o troféu da Liga, um dos poucos que ainda não tem em seu currículo.

Em nove duelos do torneio ele saiu sem buscar bolas no fundo de suas redes, mesmo tendo enfrentado ataques poderosos como os de Barcelona (quartas de final) e Monaco (semifinais).

Mas a equipe dirigida pelo técnico Massimiliano Allegri não se sustenta apenas na defesa. Com nomes como o colombiano Cuadrado, o bósnio Pjanic e os argentinos Higuaín e Dybala (considerado a joia da coroa), o time passou a ter um meio campo forte e um ataque igualmente poderoso.

Do outro lado, o Real Madrid chega com status de ter faturado dois dos três últimos títulos da Liga (2013/14 e 2015/16). Na campanha atual, foram oito vitórias, três empates e uma única derrota, para o rival Atlético de Madrid, nas semifinais.

O time dirigido por Zinedine Zidane não começou tão bem (foi segundo na fase de grupos, atrás do Borussia Dortmund), mas depois engrenou no embalo de Cristiano Ronaldo, que balançou as redes 10 vezes e está apenas um gol atrás de Messi na luta pela artilharia. Extremamente ofensiva, a equipe tem média de 2,66 gols por jogo, mas teve a defesa vazada em quase todas as partidas.

Deixando o papel do ‘politicamente correto’ de lado, Cristiano Ronaldo afirmou que o Real é superior à Juventus.

“Na minha opinião, somos melhores. Mas precisamos mostrar isso, porque sabemos que a Juve é uma excelente equipe. Vivemos momento extraordinário.

Tenho a sensação de que vamos fazer boa partida e vamos ganhar”, declarou o camisa 7, eleito quatro vezes como vencedor do prêmio Bola de Ouro.

O lusitano poderá ter hoje a companhia de Gareth Bale, recuperado de contusão. Entretanto, o galês, que jogaria “em casa”, ainda não foi confirmado por Zidane. O treinador pode optar pela manutenção de Isco.

“São decisões difíceis quando todos estão disponíveis. Não vou dizer se decidi ou não, apesar de saber o caminho”, despistou, antes de acrescentar: “Podem até jogar juntos. Já fizeram isto 16 vezes no ano”.

TEMPERO BRASUCA

A presença de brasileiros na final é um caso à parte. Pelo lado da Velha Senhora estarão em ação os laterais Daniel Alves e Alex Sandro. Pelos merengues, o lateral Marcelo e o volante Casemiro.

Mesmo sem ser referências de suas equipes, os brasucas têm papel de destaque, enaltecido até pelos adversários.

“O Real Madrid cresceu muito. Casemiro é um jogador com menos qualidade em relação a outros do plantel, mas é ele que dá equilíbrio ao time”, diz Allegri, técnico da Juventus.

Enquanto Casemiro faz ‘o trabalho sujo’ no Real, Marcelo, a dez temporadas na equipe, tem no apoio ao ataque o seu forte e tem sido autor de assistências importantes.

Na Juventus, algo semelhante também ocorre. Se Alex Sandro tem função tática bem definida, consolidando o setor defensivo da equipe, do outro lado Daniel Alves, de 34 anos, conta com muita liberdade, até mesmo para chegar à frente.

Com direito a gols, ele foi um dos destaques da equipe nas semifinais e vive a expectativa de conquistar o 35º título de sua carreira, para se consolidar cada vez mais como um dos jogadores mais vitoriosos da história do futebol.

Se a partida terminar empatada no tempo regulamentar haverá prorrogação de 30 minutos. Persistindo o empate, o campeão será conhecido na disputa dos pênaltis. Emoções garantidas para os amantes do bom futebol.

FEITO

Caso erga a taça, o Real será a primeira equipe a conquistar duas edições consecutivas da Liga desde que o torneio ganhou novo formato, em 1992. Mesmo antes da alteração, a última equipe a conseguir este feito foi o Milan, com os títulos de 1988/89 e 1989/90.

Frederico Teixeira

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