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O São Paulo empatou com o Talleres e deu adeus à Libertadores

foto: divulgação

O São Paulo deu adeus à Libertadores.

Na noite desta quarta-feira, mesmo empurrado por mais de 44 mil pessoas no Morumbi, o time brasileiro não foi capaz de superar o Talleres, da Argentina, e ficou no empate por 0 a 0.

Os argentinos, que haviam vencido em casa por 2 a 0, estão na terceira fase do torneio, quando enfrentarão o Palestino-CHI por um lugar no Grupo A, que já tem River Plate-ARG, Internacional e Alianza Lima-PER.

Com a eliminação precoce, o clube tricolor também perde o direito de disputar a Copa Sul-Americana desta temporada.

Explica-se: via Libertadores, classificam-se as duas equipes de melhor campanha entre as derrotadas na terceira fase, além de todos os oito terceiros colocados da etapa de grupos.

Ao clube tricolor, portanto, restará a disputa do Campeonato Paulista, pelo qual tem clássico marcado contra o Corinthians neste domingo, às 19h, em Itaquera.

Cansada das eliminações em sequência em torneios de mata-mata – foi a 20ª desde o título da Sul-Americana de 2012 – a torcida não perdoou e, aos 15 do segundo tempo, passou a protestar contra o técnico André Jardine, que dificilmente será mantido no cargo.

Gritou “É, Muricy!” em uníssono, já que o ex-comandante, tricampeão brasileiro (2006 a 2008), estava presente comentando o jogo por uma emissora de TV. Também xingou o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

Jardine até tentou. Em busca de uma última solução para um time que não dá liga, o técnico resolveu trocar peças mais uma vez em relação à apresentação anterior e ao jogo da semana passada contra os argentinos.

Sem Hudson, suspenso, abriu mão de Jucilei para colocar Willian Farias na contenção do meio-campo.

Também sacou Nenê da equipe para apostar em Diego Souza. Na frente, o garoto Helinho voltou à formação, no lugar de Antony.

Nada funcionou. O São Paulo conseguiu passar 135 minutos – 90 da partida de sábado, contra a Ponte Preta, mais 35 desta sexta – sem acertar um chute sequer no gol do adversário. Na etapa final, Nenê substituiu Helinho.

Quando a torcida viu que uma segunda alteração seria a troca de um lateral (Bruno Peres) por um volante (Araruna), xingou Jardine de “burro”, algo que se repetiria em diversas ocasiões na noite.

A dez minutos do fim, Everton ainda acertou uma solada na testa de Enzo Días. Cartão vermelho direto.

A torcida do Talleres acendeu e cantou alto. A do São Paulo se calou.

O único grito de “gol” em uma noite na qual a equipe da casa precisava de ao menos dois veio aos 38, mas Nenê estava em posição de impedimento quando completou cruzamento de Diego Souza para a rede.

JB

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