Um dos principais alvos do governador Jaques Wagner (PT) o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), em entrevista, evitou fazer comentários sobre os assuntos mais quentes sentenciados pelo petista.
O prefeito só classificou a situação como “desespero” do governador, devido à iminente derrota do candidato do PT nas eleições deste ano.
A relação entre os chefes dos dois poderes não caminha bem, visto as últimas trocas de farpas noticiadas pela imprensa.
O chefe do Palácio de Ondina chegou, por exemplo, a declarar que o prefeito “montou uma chapa com um inimigo mortal do seu avô como vice, com um adversário declarado e com um insurgente que, apesar de ter sido funcionário, quis tomar o lugar do dono da empresa e acabou produzindo o racha do grupo e a derrota deles em 2006”.
Segundo ACM Neto, as falas ditas pelo petista podem ser classificadas como “bobagens políticas”.
“Eu confesso que infelizmente nos últimos dias o governador tem falado bobagens no campo político. Eu respeito o governador, ele já teve momentos políticos mais felizes que o atual e talvez tenha tomado essa postura por conta da iminente derrota nas eleições deste ano. Prefiro não levar em consideração”, comentou.
Contudo, o democrata não deixou de apimentar o caso, quando questionado se a relação institucional entre os dois caciques estava abalada.
“Estive do lado dele no 7 de setembro com cordialidade como sempre o tratei. Nenhum dos episódios que houve algum tipo de confronto político partiu por mim. E eu não faço, pois, diferente dele, eu tenho respeito à função institucional. Eu estou no campo oposto, mas não desconheço a função institucional que ocupa”, respondeu.
Fonte: Osvaldo Lyra e Victor Pinto
