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Espanha libera corpo de baiano morto a facadas na cidade de Girona

O corpo do baiano Odycleidson Moraes do Nascimento, 22 anos, morto a facadas por um filipino, no dia 5 de dezembro, na cidade de Girona, na Espanha, foi liberado, na sexta-feira (9), pelo governo espanhol, encerrando um mês de insistência da mãe do jovem, Maria Cristina Moraes de Jesus, 44, que desde o dia 10 de dezembro está na Europa aguardando para ver o corpo do filho, o que até ontem não havia ocorrido.

Kekeo, como era conhecido, morreu depois de tentar separar uma briga entre o padre com quem dividia a casa e um filipino.

A mãe de Kekeo, disse que: “Ele já foi liberado, mas estou esperando chegar na funerária; me aconselharam que seria menos doloroso. Ainda estou muito abalada”.

Caixa de um supermercado no bairro de Sete de Abril, Maria Cristina ainda não sabe quando o drama deve acabar. Ela estima que os gastos com o funeral, incluindo o translado do corpo, devem custar cerca de 8 mil euros, que equivalem a mais de R$ 26 mil. Para conseguir esse valor, a mãe e amigos de Kekeo, têm pedido dinheiro a conhecidos através das redes sociais: “Ainda não tenho nem menos da metade, estou correndo contra o tempo, já que a permanência na funerária também tem que ser paga. Eu tenho muita fé em Deus, não vou deixá-lo aqui”.

Maria tem divulgado o número de sua conta poupança da Caixa Econômica Federal para doações (Agência 1902, operação 013, conta 2047-6).

A assessoria de comunicação do Ministério das Relações Exteriores informou, ontem, que tem acompanhado o caso e feito as negociações necessárias com as autoridades espanholas, no entanto, não pode custear as despesas do translado do corpo do brasileiro, por não haver dotações orçamentárias com essa finalidade.

O Itamaraty informou que pode apenas orientar e ajudar na busca por doações da comunidade local. Segundo a polícia espanhola, Kekeo foi morto quando tentou apartar uma briga entre um padre com quem morava, Jaume Reixach, e o filipino, identificado como Eulogio Sol Lumalang, 44. Há quatro anos, o brasileiro conheceu o pároco durante o Carnaval de Salvador e foi com ele para a Espanha.

Ao ser preso, o filipino confessou o assassinato e alegou que temia perder para o brasileiro uma herança prometida pelo padre e contou que mantinha relações sexuais com Reixach em troca de dinheiro e drogas.

Vergonha.

O que não se entende é que o governo brasileiro não possa custear as despesas de remoção do corpo do brasileiro para o seu país. O Ministério das Relações Exteriores justifica dizendo não ter dotação orçamentária para essa finalidade. Mas tem dotação para alugar um imóvel superfaturado. (redação do cljornal).  

Fonte: Alexandro Mota/Redação cljornal.

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