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Fraudes no setor de fornecimento de alimentos já somam R$ 4,8 milhões aos cofres do Estado

 

Nas primeiras horas desta terça-feira (10), foi deflagrada a operação Citrus que visa desarticular uma organização que vem cometendo fraudes fiscais no setor de fornecimento de refeições, com prejuízos ao Estado que já somam R$ 4,8 milhões.

Ao todo serão cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em empresas, escritórios de contabilidade e residências em Salvador, Candeias e Santo Amaro.

Uma força-tarefa formada pelas secretarias da Fazenda (Sefaz) e da Segurança Pública (SSP), por meio da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), Procuradoria Geral do Estado (PGE), via Procuradoria Fiscal, e Ministério Público Estadual (MPE), por meio da Promotoria de Justiça Especializada em Combate à Sonegação Fiscal de Âmbito Regional, com sede na Comarca de Camaçari, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo, a Economia Popular (Gaesf) realizam à investigação que iniciou-se há um ano.

A partir de dados colhidos pela fiscalização da Sefaz, levantou-se indícios de ocorrência de fraude na empresa JB Refeições Industriais Ltda. A empresa é ligada ao Grupo Bordoni, organização com laços familiares com participação em outras empresas, como uma locadora de veículos, uma prestadora de serviços de transporte e uma patrimonial.

Após a configuração dos crimes pelo inquérito policial, a operação Citrus busca obter documentos sonegados comprobatórios dos atos fraudulentos de simulação de cotas a sócios (‘laranjas’) que ocupam ficticiamente a condição de sócios na JB Refeições Industriais Ltda., com sede em Candeias, permitindo aos verdadeiros sócios eximir-se quanto às obrigações perante a Fazenda Pública Estadual.

Em decorrência dessas fraudes, a JB Refeições Industriais Ltda. apresenta um crescente volume de crédito tributário no âmbito estadual. Além disso, após a ação fiscal que resultou na constituição de crédito, foi detectada uma significativa redução no seu faturamento, demonstrando indícios de outras possíveis práticas de sonegação fiscal. Participam da operação, ao todo, 73 servidores estaduais ligados aos órgãos envolvidos na força-tarefa.

Fonte: Redação / Agecom

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