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IRMÃO DE MÁRIO NEGROMONTE ENVOLVIDO OPERAÇÃO LAVA JATO É PROCURADO PELA PF

A Polícia Federal acionou a Interpol para tentar localizar Adarico Negromonte Filho, irmão do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios e ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA).

 

Os agentes que deflagraram na sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, que apura lavagem de dinheiro e evasão de divisas em nível nacional.

 

A PF fez buscas no apartamento de Adarico em São Paulo. Ele é acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa e era subordinado ao doleiro Alberto Youssef, que, segundo as investigações, o usava para transportar dinheiro, algumas vezes dentro de malas, para dar mais rapidez à lavagem de dinheiro.

 

As investigações apontaram que o esquema, liderado por Youssef, pode ter movimentado até R$ 10 bilhões, com dezenas de parlamentares do Congresso Nacional envolvidos, além de empresas como a Transpetro, braço logístico da Petrobrás, Odebrecht e a Camargo Corrêa.

 

De acordo com a PF, as empresas envolvidas, que vão além dessas três, repassavam parte dos seus lucros para operadores do esquema, que distribuíram propinas a partidos políticos e também a dirigentes da Petrobras, cujo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa cumpre pena de prisão domiciliar.

 

Ele fez um acordo de delação premiada com a Justiça, quando o réu colabora com as investigações em troca de redução da pena.

 

Abaixo matéria da Agência Brasil sobre a prisão

 

A Polícia Federal em Curitiba confirmou há pouco a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e de mais 20 pessoas, de forma temporária e preventiva.

 

Todas fazem parte da sétima fase da Operação Lava Jato. Também foram cumpridos seis mandados de condução coercitiva.

 

Os investigados que não foram localizados até o momento tiveram os nomes inscritos no sistema de procurados e impedidos da PF de deixar o país, entre eles, o lobista Fernando Baiano, citado nas investigações como agente do PMDB no esquema criminoso.

 

De acordo com a PF, alguns executivos das sete maiores empreiteiras do país, matinha, nas últimas semanas, atitudes suspeitas, prevendo que poderiam ser alvo de uma operação policial.

 

Segundo o delegado da PF, Igor Romário de Paula, responsável pela operação, essa pessoas pernoitavam fora de casa e viajam com frequência. Ele negou que tenha havido vazamento de informações.

 

“Alguns vinham saindo do país com frequência ou dormiam em hotéis, apartamentos nitidamente com caráter de não permanecer [nas residências fixas]. Isso se comprovou hoje com alguns sendo encontrados em outras cidades.”

 

Ao todo, sete empreiteiras, com contrato de mais de R$ 59 bilhões com a Petrobras foram alvo da operação deflagrada nesta sexta-feira.

 

“São aquelas em que o material apreendido e as quebras de sigilo dão material robusto para mostrar o envolvimento delas na formação de cartel, desvio de recursos para corrupção de agentes públicos”, disse o delegado.

 

Ainda de acordo com a PF, os executivos das empreiteiras presos hoje participaram diretamente da celebração de contratos com a Petrobras.

 

Outros alvos da operação tiveram participação secundária ou atuaram no transporte de recursos obtidos de forma ilícita para doleiros, que posteriormente faziam a lavagem.

 

Foram expedidos, na sétima fase da Operação Lava Jato, 85 mandados judiciais e decretos bloqueando aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados.

 

Foi autorizado também o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas referentes a um dos operadores do esquema.

 

Os grupos investigados registraram, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), operações financeiras atípicas no montante que supera os R$ 10 bilhões.

 

Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

 

Os mandatos foram cumpridos nos estados do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, Pernambuco e no Distrito Federal. Ao todo, mais de 300 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal participaram da operação.

Fonte: Ivan Richard

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