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Jaques Wagner diz que apoiaria Alckmin contra Bolsonaro no 2º turno

Brasília - Entrevista com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (José Cruz/Agência Brasil)

O ex-governador e candidato ao Senado Jaques Wagner (PT-BA) afirmou, nesta 5ª feira (13.set.2018), que apoiaria o candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) caso ele fosse para o 2º turno contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

“Eu irei apoiar quem for contra o Bolsonaro independente da posição do PT, mas não acho que isso vai acontecer.

Acho que o Haddad vai para o segundo turno em qualquer cenário, mas se o Bolsonaro for para o segundo vou apoiar quem for contra ele, seja o Alckmin ou Ciro”, disse.

A declaração foi dada em Brasília durante a posse do ministro Dias Toffoli como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ao falar sobre eventual apoio ao Alckmin, Wagner comentou uma entrevista dada pelo senador Tasso Jeiressati (PSDB-CE) ao jornal Estado de São Paulo, na qual o tucano disse que foi “um grande erro” o PSDB ter entrado no governo do presidente Michel Temer (MDB).

“A história nos colocou em campos adversários [PT e PSDB], apesar da nossa gênese ser a mesma, os 2 nasceram pós governo militar e os 2 eram novidade na época. Um saiu do MDB [PSDB], outro saiu dos partidos de esquerda o PT. A entrevista de hoje do Tasso diz isso, se a gente não botar um grau de responsabilidade, vamos ficar cada vez mais execrados pela opinião pública.”

O ex-governador da Bahia fez um aceno ao candidato ao Planalto do PDT, Ciro Gomes (PDT) e disse que foi um dos principais nomes dentro do PT a tentar fazer aliança com o pedetista nas eleições.

“Eu fui um dos que defendeu dentro do PT , não tendo a candidatura de Lula, apoiar alguém do nosso campo da esquerda. Nunca defendi ser vice do Ciro, eu disse que tínhamos duas estratégias, nomear alguém novo [do PT] ou apoiar alguém do campo, que obrigatoriamente é o Ciro. Ele foi ministro do Lula e foi super leal. A estratégia não vingou, então não adianta discutir”, declarou.

Wagner também falou sobre a influência exercida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba, caso Haddad seja eleito presidente. “O PT tem um patrimônio político, mas Lula tem um patrimônio maior. Ele virou referência”.

LAURIBERTO BRASIL

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