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Jarbas Vasconcelos, contrário a Lula e PT, declara apoio a Haddad

Jarbas Vasconcelos apoia Haddad

 Crítico ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT, o deputado federal e senador eleito Jarbas Vasconcelos (MDB) decidiu declarar apoio a Fernando Haddad (PT) no segundo turno presidencial.

Embora tenha dividido coligação com os petistas em Pernambuco, na chapa do governador Paulo Câmara (PSB), ele pediu votos para Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno.

Sem nomes como Eunício Oliveira (MDB) e Romero Jucá (MDB) no Senado de 2019, Vasconcelos volta à Casa como um dos cotados para assumir a Presidência.

Apesar das minhas críticas ao PT nos últimos anos, jamais apoiaria Bolsonaro. Não há condições. São caminhos e pensamentos opostos.

Ações contraditórios entre mim e ele.

Vejo nele um quadro pobre, uma pobreza franciscana. Não é à toa que o país está perigosamente, senão à beira do abismo, em busca de um caminho mais sólido — diz Vasconcelos.

Eleito ao lado de Humberto Costa (PT) na chapa de Câmara, o apoio de Vasconcelos foi comemorado pelos petistas por ele ter sido uma das vozes mais críticas aos partidos nos últimos anos.

Em 2015, chegou a dizer que seria “uma cena bonita ver o Lula sendo preso na Lava-Jato”.

Governador de Pernambuco entre 2003 e 2006, ele tinha um “trato civilizado” com o então presidente da República, mas sempre marcado por críticas, que se acentuaram na sua atuação parlamentar.

Foi chamado de oportunista ao integrar a chapa petista este ano. Ele votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

O anúncio de Vasconcelos ocorre um dia antes de Haddad participar de um ato em Pernambuco.

O senador eleito não deve participar.

No primeiro turno, ele manteve o apoio a Alckmin até o fim, mesmo no momento em que até tucanos começaram a abandoná-lo. Haddad deve ligar para ele, para agradecer pelo gesto.

O senador eleito diz que não conhece Haddad.

— Ele é uma pessoa de cultura, tem formação e político hábil, em condições de levar esse barco à frente.

Há uma carência grande em relação ao quadro político, que não é de hoje. Já vem de alguns anos.

Não é uma coisa nova. Ele é uma pessoa que não conheço pessoalmente, mas me parece aberto ao diálogo — afirma.

Entre os nomes cotados para a Presidência do Senado, Vasconcelos diz que não refuta a hipótese e que, caso Bolsonaro seja eleito, a Casa terá de “abrir as portas para um diálogo, sem preconceito”.

O Globo

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