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Na convenção do PT na Bahia Dilma Rousseff alerta contra “ódio e mentira”

Em convenção do PT no terceiro maior estado e quarto maior colégio eleitoral do País, a presidente Dilma Rousseff deu tom de que vai partir para enfrentamento à oposição em campanha que, para ela, será “dura”. Ela participou da homologação da candidatura do deputado federal Rui Costa ao governo da Bahia e alertou a militância dos partidos aliados para “a política desqualificada” que enfrentará na disputa pela reeleição.

“Neste momento, em que nossos adversários apelam para o ódio, o xingamento e para a política desqualificada, estar aqui é um momento especial. Sinto-me fortalecida por essa força que emana de cada um de vocês. Vamos ter momentos muito difíceis nessa eleição, porque quem não tem argumento apela e usa a mentira. Temos que estar alertas”.

Em discurso alinhado com o do ex-presidente Lula, que abriu o evento, Dilma disse que “é preciso estar atento àqueles que querem se apropriar” dos avanços que, segundo ela, o povo conquistou após a chegada do PT à presidência da República, com a eleição de Lula em 2002.

“Vamos ter que combater a mentira e a desinformação. No período de 11 anos, de 2003 até hoje, nós fizemos muitas coisas. Temos de nos orgulhar desse país e não nos envergonhar, como querem alguns. Assim como não temos nada com que nos envergonhar da Copa do Mundo, que é a copa das copas, não temos nada do que nos envergonhar nesses 11 anos, porque fizemos muito. Vamos ter que fazer um bom combate”.
Em linha de frente com a oposição, Dilma disse que “o povo não pode se deixar enganar com promessas de quem, estava no poder e não fez nada para melhorar a vida do povo”. E mais uma vez o discurso girou em torno da “necessidade” de continuidade do atual governo.

“Temos um desafio muito grande nessas eleições, porque nós mesmos aumentamos o tamanho do desafio. Quando as pessoas melhoram sua renda, passam a ter atendimento na saúde e passam a ter dignidade para sustentar suas famílias, as pessoas querem mais. Somos aqueles que querem o futuro. Quem teve a competência de implantar nos últimos 11 anos, é quem tem capacidade de continuar a mudar. Quem nunca mudou nada quando estava no governo, provou que não tem competência para mudar. Nós tivemos competência para mudar. Mudança que pela primeira vez colocou nosso povo como protagonista, como sujeito. Mudança que tirou 32 milhões de pessoas da miséria, que fez em pouco mais de uma década a maior redução de desigualdade social da história”.

Ainda em tom de alerta, a presidente disse que a população estará diante de dois modelos de opções na disputa de outubro. “Dois modelos diferentes vão se enfrentar nesta eleição. Serão dois modelos disputando e temos que estar atentos ao modelo das mudanças. Esse é o nosso modelo. Nosso modelo é o modelo do Minha Casa, Minha Vida, que gerou três milhões setecentas e cinquenta mil moradias (3.750.000) para pessoas de baixa renda. Nosso modelo é o modelo do Pronatec, do Mais Médicos e de muito mais”.

E o discurso voltou a inflamar contra os opositores, principalmente ao PSDB. “Tem gente que diz que pode fazer mudanças e levar a frente nossas mudanças. Mas eu digo a vocês: nós, que nos esforçamos e levamos nossos projetos à frente, nós é que temos competência para continuar fazendo as mudanças daqui para frente e é bom dizer isso. Quem criou as bases para as mudanças que serão exigidas nos próximos quatros anos fomos nós, com tudo o que fizemos até agora.

Para fechar a conta, a chefe da nação voltou a se regozijar diante da mídia e dos opositores acerca do terror espalhado com suposto fiasco da Copa do Mundo no Brasil.

“Até pouco tempo atrás não ia ter Copa. E se tivesse Copa, seria um fracasso. Sabem por quê? Porque os estádios não estariam prontos, porque não teríamos aeroportos e porque não teríamos como chegar aos estádios para assistir aos jogos. Agora é só a gente olhar aí. Os estádios estão prontos, os aeroportos estão prontos e o mundo inteiro chegou à Copa. A Copa foi um momento das grandes mentiras. Mentiram sistematicamente sobre a Copa e isso também se expressou numa subestimação do povo brasileiro, que cá, para nós, está dando um show de bola dentro dos estádios com nossa seleção. Mas fora, estão fazendo mais bonito ainda, com nossa capacidade de ser hospitaleiros e alegres”.  

Fonte: Romulo Faro

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