A nomeação do deputado federal João Roma (Republicanos) como ministro da Cidadania, segundo Bolsonaro, abre as portas do quarto maior colégio eleitoral do País, onde a liderança indiscutível é do Partido dos Trabalhadores, desde o governo de Jaques Wagner.
A intenção de Bolsonaro é se fortalecer eleitoralmente na Bahia para tentar a reeleição em 2022.
Roma, com os programas sociais e o retorno do Benefício Emergencial nas mãos, será o piloto deste projeto político e um forte concorrente para ACM Neto na campanha ao governo do estado.
É questão de honra para o presidente neutralizar o PT e a imagem de líder popular de Lula no Estado.
E o que o ex-prefeito de Salvador, presidente do DEM, ACM Neto tem a ver com isso? Nada.
Associar a imagem de Roma – seu ex-chefe de gabinete – a Neto é descabido.
Um exemplo: Roma se filiou ao PRB na tentativa de ser vice dele, na eleição de 2016, e foi preterido por Bruno Reis – este sim ACM até na alma, e hoje prefeito soteropolitano.
Roma não é Neto. A frase, de tão repetida nos últimos dias, já parece marchinha do Carnaval político. É só folia labial, e até os orixás da Bahia sabem.
Em razão da nomeação de Roma, ACM Neto declarou que Bolsonaro ganhou um opositor e vai partir para cima. A direita está ‘grogue’, perdeu o rumo, a desarticulação é visível.
ACM Neto traiu Maia para apoiar o candidato de Bolsonaro à Câmara e Bolsonaro pagou com a nomeação de Roma que hoje é desafeto dele.
Bolsonaro entende que a nomeação de Roma combate a liderança do PT e ao mesmo tempo atrapalha a vida de ACM Neto, em quem não confia.
Vamos em frente.
Cljornal com informações do jornalista Leandro Mazzini