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PRESIDENTE DO DEM-BA INDICA ABANDONO A TEMER

Presidente DEM Bahia

Embora a maioria dos aliados ainda negue em público, cresce a expectativa de desembarque do PSDB e do Democratas (DEM) do governo de Michel Temer, o que na prática deixaria o peemedebista sem governabilidade, mesmo se ele conseguir derrotar o pedido de investigação que o Supremo Tribunal Federal (STF) fez à Câmara dos Deputados.

Entre os baianos da base do governo, o tom ainda é de cautela (com exceção do presidente estadual do PSDB, deputado federal João Gualberto, que protocolou na Câmara o primeiro pedido de impeachment de Temer, logo após a delação do empresário Joesley Batista).

Presidente do Democratas (DEM) na Bahia, o deputado federal José Carlos Aleluia nega que seu partido esteja de saída do governo, mas deixa incerteza no ar: “Só vamos poder discutir qualquer coisa na semana que vem, depois do resultado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)” da Câmara, onde está o pedido de investigação contra Temer.

Membro titular da CCJ, o deputado Jutahy Magalhães Jr., do PSDB, não revela seu voto sobre o pedido de investigação: “Garanto que votarei com minha consciência. Será um voto pessoal”, diz o baiano.

Em anonimato, outro deputado do DEM na Bahia disse ao Política Livre que a tendência é mesmo de rompimento.

Os parlamentares baianos e dos demais estados já temem a repercussão negativa que sua imagem associada à de Michel Temer possa ter nas eleições de 2018, quando a maioria deles tentará se reeleger.

“Ninguém quer ser golpista, ninguém tem problema com Temer, mas existe uma compreensão geral de que vai chegar-se a um limite que não dá para carregar (Temer) por conta de 2018, inclusive dos projetos estaduais”, diz o democrata anônimo.

Romulo Faro

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