A Petrobras confirmou a demissão de José Orlando Azevedo da diretoria comercial da Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da estatal. A empresa informou que a “substituição” de Azevedo “foi uma mudança de caráter gerencial rotineira.”
A substituição do Sr. José Orlando Azevedo foi levada pelo Diretor Jose Alcides Santoro Martins para aprovação da Diretoria colegiada da Petrobras em 27 de março. Junto com essa substituição, na mesma pauta, foram aprovadas mais oito alterações e reconduções na Administração das transportadoras de gás TBG, GTB e TAG, diz a nota.
José Orlando Azevedo presidiu a Petrobras America entre 2008 e 2012, justamente o período da disputa judicial que resultou no pagamento pela estatal de mais US$ 820,5 milhões ao grupo belga Astra Oil na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Azevedo é primo de José Sérgio Grabrielli, que presidiu a estatal na época da aquisição.
Segundo reportagem do jornal O Globo a demissão, que teria partido do comando da Petrobras, deverá ser anunciada na próxima semana e já foi assinada por parte do Conselho de Administração da subsidiária.
Azevedo já presidiu a Petrobras America, mas foi afastado do cargo pela atual presidente da estatal, Maria das Graças Foster, em 2012, data em que passou a exercer o cargo na TAG, criada em 2006 para unificar a estrutura de transporte de gás natural da Gaspetro.
A exoneração de Azevedo é mais um sinal de que Foster estaria determinada a ir fundo nas investigações, em meio à auditoria que está sendo realizada para apurar indícios de irregularidades e apontar os culpados.
A saída de Azevedo representa a segunda baixa no quadro diretores das subsidiarias da Petrobras.
Na sexta-feira (21), o Conselho de Administração decidiu exonerar do cargo Nestor Cerveró, diretor Financeiro da BR Distribuidora. Foi ele quem comandou a área internacional na época da compra da refinaria de Pasadena e foi responsável pelo resumo executivo da operação submetido ao Conselho de Administração da Petrobras, em 2006, presidido pela presidente Dilma Rousseff, que ocupava o cargo de ministra da Casa Civil.
Fonte: B.247/AN/Redação