Professores das universidades estaduais da Bahia divulgaram nota confirmando a possibilidade de suspenderem o semestre.
Alegando falta de diálogo com o governo do estado, o movimento ainda denunciou dificuldade de recepção das propostas por parte do governo, e argumenta que o impacto das reivindicações no orçamento estadual será pequeno.
O governo do estado não comprimiu com os acordos apalavrados com os professores das Universidades Estaduais para a reunião do dia 18 de junho.
Na reunião nada absolutamente nada de novo foi apresentado pelo governo sobre os direitos trabalhistas, ampliação do quadro de vagas e orçamento.
O governo também fere o prazo apontado para voltar a discutir a minuta substitutiva da lei 717º6/97, ao prolongar a reunião para de agosto.
O fato comprava que o governo não demonstra qualquer preocupação com o prolongamento da greve e nem com a possibilidade da suspensão do semestre letivo.
A explicação para recusa da pauta é sempre a mesma: não existem condições financeiras. Em 2014, a Bahia teve superávit de R$ 1,13 bilhão. Até abril desse ano, o superávit já alcançou R$ 1,7 bilhão, conforme informações do Portal da Transparência Bahia.
O movimento grevista elaborou uma proposta minuta substitutiva da lei 7176/97 e obteve a sinalização de que o retorno sobre a questão seria breve. Contudo, o Coordenador do Desenvolvimento do Ensino Superior (CODES), Paulo Pontes, surpreendeu o Movimento com a notícia de que o assunto só será pautado em agosto.
A atitude demonstra que o governo da “pátria educadora” e do “pacto pela educação” não se importa com as Universidades Estaduais, nem com as consequências da continuidade da greve para a população baiana.
Todos estão responsabilizando o governador Rui Costa pelos mais de 60 mil estudantes fora de sala de aula ao se recusar a garantir direitos e protelar a discussão da minuta.
A Assembleia da Associação dos Docentes da UESB (Adusb) para a avaliação da greve está agendada para o dia 30 de junho.
CLJORNAL
