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RUI COSTA AFIRMA QUE DESTITUIÇÃO DE DILMA É “SEGUNDA VIOLÊNCIA POLÍTICA SOFRIDA PELO PAÍS”

Dilma Rousseff e Rui Costa

O governador Rui Costa (PT) disse hoje que se sentia numa partida de futebol em que um pênalty foi marcado de forma irregular ao se relacionar com o presidente da República Michel Temer (PMDB), durante discurso em que fez um balanço deste ano de seu governo, no lançamento da revista Terra Mãe, na tarde de quinta-feira (22), na Concha Acústica.

Apesar do desconforto com a condução do jogo, disse que é preciso continuar jogando.

Na presença de uma plateia formada pela imprensa e basicamente membros do governo, ele foi aplaudido no momento em que comparou o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) ao golpe militar de 1964, chamando a destituição da petista de “segunda violência política sofrida pelo país”.

Rui também afirmou que a crise econômica só será superada quando o país ultrapassar a crise política e institucional, defendeu uma reforma política e aproveitou para criticar indiretamente o comportamento de juízes e procuradores da Lava Jato.

“Precisamos ver como funcionam as democracias mais sólidas, nas quais as instituições são fortes. Será que nelas os juízes estão preocupados com aplausos quando caminham nos shoppings ou com a boa aplicação da lei?

Eles querem ser reconhecidos nas ruas ou manter a discrição e o primado da ordem?”, questionou o governador, que se emocionou ao comentar a alegria que teve em receber, no Palácio de Ondina, grupos de órfãos e idosos de um asilo, por conta da passagem do Natal.

Ele contou que, na hora de ir embora, alguns velhinhos tentaram se esconderam atrás das árvores para não terem que retornar à instituição. Neste momento, fez um apelo com lágrimas nos olhos e voz embargada para que filhos não deixem país isolados em asilos.

“É como largar um filho num orfanato”, declarou Rui, lembrando que quem não dá amor aos mais próximos não pode querer transformar a sociedade.

Secom

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