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Secretário de Segurança Pública critica ACM Neto por ampliar o carnaval em mais um dia.

ACM NETO X ESTADO

A inclusão de mais um dia no calendário do carnaval de 2017 em Salvador acabou causando um atrito entre os governos municipal e estadual.

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) emitiu um comunicado na tarde de quarta-feira (08/02/2017) em que define como “falta de respeito com a população”, o aumento do número de dias de folia, que foi estabelecido pela prefeitura da capital, administrada por ACM Neto (DEM) .

De acordo com a nota da secretaria estadual, a ampliação foi “repentina” e “sem a devida comunicação prévia”, já que o órgão alega ter recebido o ofício da prefeitura somente na segunda-feira (6).

A gestão do prefeito ACM Neto anunciou que no 21 de fevereiro haverá mais um dia de festa, com palco fixo para apresentações no Farol da Barra. Também por meio de nota, a prefeitura de Salvador informou que o evento do dia 21 ainda segue em planejamento e não se trata da ampliação do carnaval – programado para iniciar, oficialmente no dia 22, data em que a festa será aberta em um evento na Praça Municipal.

O governo municipal explica, ainda, que o show do dia 21 foi agendado por um dos patrocinadores do carnaval, com previsão de duração de quatro horas.

A prefeitura argumenta ainda que vinha “há algumas semana discutindo sobre o projeto com a Polícia Militar da Bahia”, apesar de a solicitação formal ter sido enviada no último dia 6, na avaliação do município, “a tempo de garantir as providências de segurança no local”.

A SSP argumentou que o lazer não pode se sobrepor à segurança dos baianos e turistas. Para isso, alerta que “qualquer mudança no calendário da folia deve ser feita com bom senso e todos os atores envolvidos consultados”, para que haja programação e distribuição de policiamento em todas as regiões da cidade.

A instalação do grande palco no Farol da Barra para os shows também foi alvo de críticas da secretaria estadual. De acordo com o órgão, a estrutura fica ao lado do Posto Policial Integrado (PPI) e “irá atrapalhar o atendimento à população, bem como o trabalho policial”, porque não foi montada nos moldes do que foi acordado no grupo de trabalho do qual fazem parte os dois níveis de governo.

A nota ainda cita que as forças policiais estaduais “não são coadjuvantes” durante o carnaval e “merecem ser tratadas com respeito”, já que “o aumento indiscriminado” dos festejos gera excesso de trabalho para os policiais efetivos e causa impacto na qualidade do serviço oferecido à população.

REDAÇÃOCom informações da SSP/BA.

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