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Tecnologia sustentável para otimizar uso da terra é tema de palestra na Seagri

Terra vida

Uma das seis tecnologias do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), o Sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), foi tema da palestra do pesquisador da Embrapa Cerrado, João Kluthcouski, mais conhecido como João K, referência nacional neste assunto, realizada neste sábado (5), no auditório da Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri).

Evento fez parte do terceiro encontro do grupo formado por produtores do agronegócio baiano, com objetivo de trocar experiências e conhecer as inovações tecnológicas do campo, buscando o aumento da produtividade com foco na sustentabilidade.

O Plano ABC é um conjunto de ações firmado a partir dos compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) estabelecidos na Política Nacional sobre Mudanças Climáticas (PNMC), Lei nâ—¦. 12.187/09.

Com o plano, o governo federal pretende abater, até 2020, 17% do total de um bilhão de toneladas de gás carbônico poluentes no Brasil, atendendo ao acordo firmado durante as negociações internacionais de mudanças climáticas global, na Conferência das Partes (COP 15), em Copenhague, na Dinamarca.

Neste contexto, insere-se o Plano ABC – Bahia, elaborado e administrado pelo Grupo Gestor Estadual, coordenado pela Seagri, em parceria com o MDA; os bancos do Brasil, do Nordeste, Embrapa, entre outras instituições.

Segundo o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Adriano Bouzas, que representou o secretário da Agricultura, Vitor Bonfim, durante o encontro, estão sendo reformuladas algumas diretrizes do plano, para dar continuidade ao trabalho do grupo gestor, iniciado em 2013.

Isso buscando estimular a implantação de sistemas produtivos sustentáveis, pois é papel da Seagri dar suporte ao agronegócio baiano.

“O ILPF é uma das tecnologias do plano, que surge como alternativa de otimizar o uso da terra. Com ele, é possível colher quatro safras por ano. Além disso, a atividade agropecuária não admite mais monocultura, e a diversificação é a regra fundamental da sustentabilidade”, destacou o pesquisador João K.

Esse sistema de integração permite alternar pastagem com agricultura e floresta em uma mesma área, promovendo a recuperação das áreas de pastagens degradadas, produzindo, na mesma propriedade, diversas culturas, a exemplo de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia.

A ILPF transforma a propriedade rural em unidade de produção intensiva, aumentando a produtividade e os lucros, beneficiando-se com rodízio e rotação de culturas com os manejos corretos.

“Utilizando a terra, por exemplo, para cultivo de soja, e após a colheita planta-se o milho com semente de capim, retirando-se o milho fica o capim já formado que servirá como pasto para engorda do gado. Após descanso da terra inicia-se novamente o ciclo com plantio da soja, com possibilidade de variação das culturas como sorgo, feijão, girassol, algodão, entre outras”, explicou João K.

Além do ILPF, o Plano ABC estimula o uso dos sistemas de recuperação de pastagens degradadas, fixação biológica de nitrogênio em novas variedades de cultivares, plantio de florestas, prática de plantio direto de palha e tecnologias para o tratamento de dejetos animais.

Fonte: Ascom/Secretaria da Agricultura,Pecuária, Irrigação,Pesca e Aquicultura do Estado (Seagri)

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