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‘TEMER TEM QUE RENUNCIAR’, DIZ LÍDER DA OPOSIÇÃO

Em contraponto ao silêncio dos baianos que ainda apoiam Michel Temer, os parlamentares de oposição passaram o dia fazendo coro pela renúncia do peemedebista

Em contraponto ao silêncio dos baianos que ainda apoiam Michel Temer, os parlamentares de oposição passaram o dia fazendo coro pela renúncia do peemedebista, e a pressão aumentou no final da tarde, após ele fazer um discurso público dizendo que não renunciaria ao cargo. Líder da oposição no Congresso Nacional, o petista Afonso Florence afirmou que o caminho para o País seria a convocação de eleições diretas.

“Temer não tem legitimidade nem credibilidade. Há um clamor no país para que haja um presidente. Ele não tem nem credibilidade. Quando os partidos do coração do governo Temer saem, isso só prejudica a saída dele. Ele não renunciou hoje, mas pode renunciar semana que vem”, apostou Florence em entrevista à rádio Metrópole logo após o discurso de Temer.

Outro baiano que bateu duro em Temer foi Jorge Solla, também do PT. Ele defendeu ontem no plenário da Câmara a aprovação de emenda constitucional para antecipar as eleições gerais diretas para este ano. Para o parlamentar, a queda do presidente Michel Temer é “questão de tempo”, mas ele alerta para articulação da direita para manter o poder em eleição indireta.

“Eu abro mão do resto do meu mandato para que tenhamos eleições gerais diretas para presidente, para deputados e senadores. O Brasil não aguenta mais um ano comandado por políticos sem legitimidade do voto. Quem estiver contra as eleições diretas está contra a democracia, está contra a vontade da população, tem medo da urna”, disse Solla.

O deputado destacou que movimentos de rua por eleições diretas já começaram em todo o país e alertou para a articulação entre deputados do centro e da direita para evitar a escolha do futuro presidente pela população.

“A grande imprensa já trata como única possibilidade a eleição indireta, quando não é verdade podemos aprovar uma PEC que defina as eleições diretas já. O PSDB e o DEM tentam costurar de toda maneira uma eleição indireta em que possam permanecer no poder até 2018 para forjar uma transição e tentar mudar a imagem pesada do golpe que carregam hoje diante a população. É uma estratégia suicida. Se negarem ao povo o direito ao voto nunca mais retornarão à política”, completou o petista.

Leonardo Attuch

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