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A BATIDA DA ZABUMBA E O RONCO DO FOLE EMOLDUROU O CLIMA DE NATAL ENCANTADO

A batida da zabumba, o toque do triângulo e os acordes entoados por 12 sanfonas deram um clima junino, em pleno mês de dezembro, à Praça Monsenhor Renato Galvão – Praça da Matriz – na noite desta quinta-feira, 11.

A Orquestra Sanfônica de Aracaju trouxe para o público do Natal Encantado 2014 um repertório com clássicos do forró e canções natalinas que ganharam um arranjo genuinamente nordestino.

 

Foi à primeira apresentação do grupo em Feira de Santana, mas a interatividade entre os artistas e o público dava a impressão de que eram velhos conhecidos. Um pout-pourri de canções natalinas como “Bom Velhinho” e “Noite Feliz” abriu a noite. Logo em seguida, o fole começou a roncar com a genuina batida do arrasta-pé.

 

Mesmo sentados, todos que estavam na Praça da Matriz se renderam ao ritmo. Alguns mais timidamente. Outros faziam questão de externar o entusiasmo. Quando as 12 sanfonas deram os primeiros acordes da música “Asa Branca”, grande clássico de Luiz Gonzaga, os aplausos foram espontâneos.

 

A introdução, cantada, foi uma surpresa em meio a apresentação instrumental. Que foi emendada em coro pelo público.

 

“Estamos encantados com o Natal Encantado”, revelou o maestro Evanilson Vieira, sem se preocupar com a redundância, e reiterando a interatividade entre a Sanfônica de Aracaju e o público feirense. “Trabalhamos para trazer um repertório de altíssimo nível, a altura da grandeza desta festa”, completou.

 

E a qualidade do repertório foi constatada do começo ao fim da apresentação. Grandes sucessos de Luiz Gonzaga, canções de Jackson do Pandeiro e arranjos empolgantes, como o “choro” Brasileirinho, composto em 1947 por Waldir Azevedo, proporcionaram um show marcado valorização da música brasileira.

 

“O grupo foi criado há sete anos com este propósito: divulgar a genuína música do nosso país”, revelou o maestro. O ponto alto da apresentação foi a performance de Robertinho dos Oito Baixos, filho dos saudosos forrozeiros Gérson Filho e Clemilda.

 

Com um belo solo no acordeon e dançando ao ritmo do xaxado, o sanfoneiro foi aplaudido de pé. Ao final do show, o grito de bis, e muitos chamando pelo nome de Robertino. Ele atendeu. Mas desta vez desceu do palco, numa troca de energia ímpar com o público.

 

Além dos 12 sanfoneiros – entre eles uma mulher (Geunice, conhecida como Madrinha) – a Orquestra Sanfônica de Aracaju trouxe para Feira de Santana outros quatro músicos que complementaram a apresentação com triângulo, zabumba, percussão e contra-baixo.

 

Fonte: Secom/Feira de Santana

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