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A demagogice é o que distingue o governo feirense/por Carlos Lima

Realidade diante das promessas

Não tenho a menor dúvida de que a construção do Centro de Educação Complementar e a requalificação do centro comercial de Feira de Santana são obras de grande importância para o município.

O que não se pode admitir é que essas obras sejam iniciadas como um espelho eleitoreiro.

Em seu bojo ainda existe uma adequação de tempo e valores através dos vários  aditivos financeiros estrategicamente inseridos nos contratos, tornando-as bem mais caras do que inicialmente foram projetadas, obedecendo um organograma político, questionável, que dilata vergonhosamente o período de construção.

A requalificação do centro comercial da cidade é uma prova contundente dessa prática. Ela vem se arrastando ao longo dos anos e mais uma vez, está sendo utilizada com a promessa que será implantada no próximo ano. Ano das eleições municipais.

O Centro de Educação Complementar deve passar por esse mesmo processo, suas obras serão iniciadas em 2020, mais uma manipulação eleitoreira para atrair os incautos.

Essas obras e outros pacotes, fantasmas, devem se tornar o carro chefe da campanha eleitoral de Colbert Martins, na  tentativa de se reeleger prefeito do município.

Após eleições, as obras se arrastarão tão lentamente que no próximo pleito municipal, suas inaugurações provavelmente serão anunciadas. Sem a certeza de que aconteçam.

É a marca estratégica da política adotada pelo grupo que comando os destinos administrativos da maior cidade do interior da Bahia.

A tática de resgate e reconhecimento vem sendo exaustivamente acentuada através das declarações do atual gestor nas emissoras de rádio sobre o que será construído no futuro prédio para o setor educacional.

Ainda sentimos que o projeto de cooptação de votos e engabelo da opinião pública, também está na divulgação de que as escolas municipais serão climatizadas para o conforto dos estudantes nos períodos de alta temperatura, além da inclusão na grade escolar do inglês para as séries iniciais, e os estudantes receberão chromebooks, um notebook que funciona totalmente baseado na internet.

Quando na realidade nem todas as escolas tem as suas estruturas físicas recuperadas e colocadas em condições adequadas para receber os estudantes da rede municipal de ensino, no início do ano letivo.

Outro fato chocante é a merenda escolar. Nunca atende as necessidades dos estudantes e a distribuição só começa a ser feita após dois meses de aulas.

Com esse atraso injustificável, ainda chega às escolas faltando diversos itens, como ocorreu nesse ano de 2019. Fato comprovado nas várias denúncias realizadas por pais de alunos e registradas em programas de rádio, blogs e sites.

O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) classificou o município com a nota 4,2. Muito pouco para quem afirma que o governo atende plenamente a educação pública municipal.

Não é preciso muito esforço para constatar a falta de uma política municipal voltada para a educação, pelo atual gestor.

Carlos Lima

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