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A despolitização da maioria dos vereadores faz Zé Ronaldo verdadeira raposa/por Carlos Lima

Raposa Velha

Para alguns vereadores neófitos, eleitos o último processo eleitoral municipal, a transparência de comportamento nunca foi tão esclarecedora.

O vereador Galeguinho, eleito pelo PSB, involuntariamente confirmou que não tem conhecimento político e não se sentiu constrangido ao dizer: “a política é uma conveniência, a gente precisa ter substância para dar continuidade ao mandato”.

Conveniência? Substância?

São termos de práticas oportunistas, individualistas que lhes garantem sonhar em assegurar o poder.

Não posso afirmar que esta tenha sido a intenção do vereador. Acredito que os termos aplicados estão em desconformidade com o que ele queria externar.

No entanto demonstra profunda ausência de conhecimento sobre a ciência política.

O lamento deve vir, provavelmente, em futuro não muito distante, quando o discernimento se fizer necessário em suas ações e decisões.

A praia de Geleguinho era, e é, a música. Seu terreno fértil é outro, (no momento) levará um bom tempo para colocar o trem nos trilhos, se conseguir. Torço para que consiga.

Em outra oportunidade ao ser perguntado se vai permanecer na oposição ao governo municipal, respondeu: “Não tem nada definido. Sou um político independente. Fui eleito pelo PSB, que automaticamente é da base governo, mas ainda não tem nada definido”.

Como não tem nada definido? Ele foi eleito fazendo oposição ao atual grupo político que governa o município a mais de duas décadas.

Em seguida o vereador voltou a declarar que “a política é uma conveniência e a gente precisa ter substância para dar continuidade ao mandato. Se não tiver substância, é impossível. Fazer oposição por fazer também não tem lógica.

Pergunta-se: qual foi a lógica de fazer campanha eleitoral na oposição? Será que foi conveniência? Depois de eleito procura a substância para fortalecer o mandato, apoiando o governo municipal e usufruindo de suas benesses?

Não acredito que o cantor Galeguinho tenha essa intenção. Mas sua inexperiência política deixa tal impressão.

Existem muitas ciladas na vida política, principalmente em Feira de Santana onde o Poder Legislativo mantém uma “caixa de Pandora”. Se for aberta muita gente tida como honesta, séria, de conduta ilibada e acima de qualquer suspeita, seria completamente defenestrado do meio e da sociedade.

A verdadeira oposição não é fazer por fazer, simplesmente ser do contra.

É não está a serviço do governo e cumprir com as obrigações pertinentes ao mandato.

É não negociar os interesses do povo, é fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, na saúde, educação, limpeza pública, transporte público, obras e infraestruturas, água, rede pluvial, pavimentação, pessoal, licitações, habitação, desenvolvimento rural e outras atividades da administração pública.

Não é fácil resistir às investidas aliciarias do governo municipal, afinal o poder seduz.

Quem sabe um dia poderemos ter uma verdadeira oposição na Câmara Municipal de Feira de Santana.

posição que verdadeiramente seja contra corrupção; contra as negociatas de aprovação e rejeição de projetos; contra a liberação de Postos de combustíveis em áreas proibidas; contra a liberação de Conjuntos Habitacionais irregulares; contra má utilização de verba da saúde pública; contra apropriação de cartões de alimentação; contra rachadinhas; contra do meio ambiente; contra o aterro de nascentes para construir supermercados;   contra todas as situações que esmagam e destroem as expectativas de vida do povo feirense. Conforme os mais diversos comentário que circulam na cidade.

Precisamos de uma oposição a serviço dos interesses do povo e não a serviço de um Governo Municipal espúrio e que defende apenas os seus próprios interesses.

Carlos Lima

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