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A escola Arthur Martins virou palco da Caravaninha do Esporte

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A Caravana do Esporte voltou a Feira de Santana nesta terça-feira, 30, para continuar espalhando sua mensagem: a de democratização do esporte.

Desta vez, tendo como objetivo atingir especificamente uma escola mais distante do centro da cidade – seu destino foi a Escola Municipal Arthur Martins da Silva, situada no bairro Pedra Ferrada.

A iniciativa sempre retorna com esta proposta às cidades pelas quais passa, nesta etapa, levando o codinome “Caravaninha” – lembrando que o evento principal esteve em Feira de Santana no último mês de julho, com uma série de atividades esportivas e artísticas para 1.500 estudantes da Rede Municipal de Educação.

Este segundo encontro foi coordenado pelos professores da Rede que participaram das formações continuadas oferecidas em julho; slack-line, vôlei e basquetebol com a participação de centenas de alunos nestas e em outras modalidades esportivas e brincadeiras.

Para a realização da Caravaninha, a Arthur Martins recebeu um “kit futebol”, contendo faixa limitadora, traves com rede e bolas.

“Sempre buscamos uma escola que fique numa zona mais distante quando voltamos à cidade, onde geralmente a difusão do esporte é menor, os alunos têm menos acesso a essa cultura”, defende Marilene Silva (foto), subcoordenadora do Instituto Esporte e Educação.

Ela relata ainda que, diferentemente da maioria das cidades que recebem a Caravana, Feira conseguiu fazer com que mais escolas da zona rural pudessem participar do evento realizado há três meses.

Alunos do Ensino Fundamental dos dois turnos participaram agora da Caravaninha.

Metodologia do esporte educacional colocada em prática.

Cinco elementos foram estudados durante as formações; agora, eles devem ser postos em prática pelos professores: inclusão, diversidade, construção coletiva, autonomia e educação integral.

Segundo Josemar Paixão (foto), subcoordenador técnico do instituto e formador da Caravana, são esses pontos que contemplam a metodologia esporte educacional.

“Inclusão e diversidade para abranger mais alunos, sendo eles mais ou menos habilidosos;

pela construção coletiva, dialogamos com o aluno para estruturar esse conhecimento;

na autonomia, favorecemos os processos de tomada de decisão por parte deles, por exemplo: se um time fica mais forte que o outro e alguém acha injusto, então eu pergunto a eles como resolver tal situação, sem interferência.

A educação integral é pensar a criança como indivíduo cognitivo, ensinar conceitos através do corpo”, argumenta.

Recreio interativo implantado após as formações da Caravana

A diretora da Escola Municipal Arthur Martins da Silva, Herika Vasconcelos (foto), conta que após as formações da Caravana, foi implementado na unidade de ensino o recreio interativo.

Antes, todos os alunos ficavam concentrados no pátio da escola e havia dias em que a quadra não era liberada por não haver um direcionamento pedagógico nas atividades.

“Em cada espaço da escola, existe uma atividade corporal para ser desenvolvida; eles utilizam essas áreas todos os dias. Temos uma escala e cada turma tem seu horário.

Agora, a quadra é utilizada por duas turmas ao mesmo tempo, por exemplo: de um lado, se joga bola, do outro, se pula corda.”

A estratégia foi sugerida pela vice-diretora da unidade de ensino, Juliana Lima (foto), após participar da formação.

“O objetivo é utilizar esse momento também como forma de aprendizagem; há a construção de regras, a valorização do respeito ao outro, da autonomia, entre outros fatores”, destaca a professora.

Valdomiro Almeida , 12 anos, aluno do 4º ano, conta que gostou muito da mudança adotada para os intervalos. “Antes tinha muita gente correndo, muita confusão, barulho e até atrapalhava outras aulas.

Agora, ficou bom por que a gente tá aprendendo a se juntar, a conviver mais”.

Desde seu início em 2005, a Caravana do Esporte já passou por 153 cidades em todo o Brasil; oito este ano. Desde então, mais de 261 mil crianças e 18.770 professores foram atendidos.

Após sua passagem por Feira de Santana, já visitou São Bernardo do Campo, em São Paulo, e Lábrea, no Amazonas; até dezembro ainda se dirige a Santa Maria de Jetibá, Espírito Santo, e João Pessoa, na Paraíba.

PMFS

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