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A política em Feira de Santana depois das eleições continua a mesma desfaçatez/Por Carlos Lima

Não existe cara nova nessa política que vem sendo praticada a mais de vinte anos em Feira de Santana. O processo eleitoral concluído em segundo turno, nas eleições de 2020, confirmou que o fascismo miliciano pregado pelo presidente Jair Bolsonaro se tornou mais perigoso do que a pandemia do coronavírus.

Deixou claro que a desgovernança é responsabilidade dos outros, que a mentira é força motriz de uma fictícia realidade administrativa e também provedora dos atos mais indecentes de uma falsa moralidade e honestidade política.

Essa farsa um dia será desmascarada e chegará ao fim.

O cinismo é abundante. Criaram ficticiamente um elemento de diferenciação com ampla finalidade de estabelecer um conceito qualitativo do que seria o poder exercido pelo seu nefasto grupo político entorpecendo a consciência popular sobre a real mudança que estaria sendo consolidada pelo seu banimento.

Os apadrinhamentos, favorecimentos, desvio de dinheiro público, corrupção as mais diversas, conforme comentários exaustivos da população feirense, continuam de forma escancarada.

As trocas de favores se consolidam pelo Legislativo, vereadores rejeitados pelo povo estão de malas prontas para retornarem aos seus acentos, alguns nem entregaram seus gabinetes. A vontade do povo está sendo vilipendiada.

Prevalece os interesses políticos do grupo e dos projetos dos seus principais líderes. Aqui, nada de novo acontece ou acontecerá.

Lamento profundamente a ação de parte dos eleitores, ingênua ou propositalmente, pela recondução do grupo ao poder. Não sabem eles que atuaram reforçando a própria destruição da esperança de uma vida mais digna.

Essa ingenuidade foi alimentada, a galope, pela mídia empresarial-corporativa para favorece-los e manter a hegemonia das decisões sempre favoráveis ao seu projeto de lucro rápido e fácil.

O grupo político liderado por José Ronaldo sobrevive porque está comprometido, dependente e obediente aos projetos políticos e econômicos da elite e da falsa burguesia feirense.

São empresários locais, donos de universidades, colégios, comércios, industrias, Cooperativas, etc…  Poucos estão alijados desse processo.

Não foi por acaso que vinte mil cestas básicas foram distribuídas na véspera do segundo turno e muito mais.

O comércio ficou aberto no momento mais grave da segunda onda da pandemia. Com certeza fazia parte de um acordo espúrio, posteriormente, no mês de dezembro, as aglomerações foram cinicamente relaxadas. Vitorioso no processo eleitoral  o grupo iniciou o pagamento do apoio recebido.

Aqueles evangélicos que negociam os ensinamentos de Jesus Cristo, se venderam por 30 moeda. As entranhas de grande parte do movimento neopentecostal são corruptas, formulam discurso contra a “esquerda”, mas se entregaram de corpo e alma ao vil metal e às benesses a usufruir com a vitória do grupo político ao qual se venderam. Um cinismo mercantilista apavorante.

Se existe alguma dúvida, faça um levantamento dos cargos que estão recebendo no governo de Feira de Santana.

Há mais de duas décadas que esse grupo governa para a elite, cujos favorecimentos e apadrinhamentos se tornaram explícitos.

Um dos exemplos que não pode ser contestado é o roubo de mais de 100 milhões de reais na área de saúde do município. Com certeza custou vidas de inocentes.

Carlos Lima

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