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A precipitação de uma justificativa: Cancelada audiência pública no Legislativo

A precipitação em marcar essa audiência para o dia 4 de dezembro foi alimentada pela repercussão negativa da viagem, dita de fiscalização dos ônibus novos que estarão assumindo o transporte de massa em Feira de Santana.

Mais uma atitude sem analisar as condições objetivas para tão importante ação de uma comissão tão abrangente, que por sinal não possui as mínimas condições de dar as respostas que a comunidade exige.

“Comissão de Obras, Urbanismo, Infra-estrutura Municipal e Meio Ambiente.”

Já se passaram muito tempo desde quando as empresas ganharam o processo de licitação; desde quando as empresas anunciaram a montagem dos novos ônibus; desde quando divulgaram a chegada deles em Feira de Santana. Justamente para esse mês de dezembro.

De forma equivocada o presidente do Legislativo criou uma comitiva formada com vereadores, integrantes da imprensa local e cargo de confiança.

Essa comissão fez uma viagem, com recursos do Legislativo, incluindo diárias, para fiscalizar os ônibus novos. O passeio aconteceu no final do mês de novembro, depois que o prefeito já houvera realizado a dita fiscalização.

No retorno da viagem, sentindo que não foi, politicamente, uma boa iniciativa, os vereadores que dela participaram, tentaram minimizar a repercussão negativa, fizeram da tribuna da casa algumas críticas aos ônibus e precipitadamente marcaram  uma audiência pública para discutir o transporte coletivo no município.

Primeiro esqueceram que os ônibus já estão chegando; segundo que o mês de dezembro é um mês onde as atenções estão voltadas para pagamentos de impostos, 13̊ salário, balanço e outras atividades inerentes ao final de ano, sem falar nas campanhas do comércio, aumento de vagas para o trabalho temporário e o final do período legislativo.

Diante dos fatos como poderiam construir as condições objetivas para que a audiência atingisse suas finalidades que é discutir o transporte de massa.

Os ônibus estão chegando.

Não, nada pode ser feito ou mudado nesse período. Não teria sido melhor programar essa audiência para o retorno do recesso parlamentar, quando as empresas já teriam assumido o serviço do transporte coletivo, regular, do município?

O Poder Legislativo de Feira de Santana tem que se conscientizar da sua condição de legislar na segunda cidade do Estado da Bahia, com quase 800 mil habitantes e uma população flutuante que passa de um milhão.

Feira de Santana não é um município de 20 mil habitantes. O legislativo não pode mais tomar decisões impensadas, em cima da perna ou estapafúrdias.

Dando demonstração de incapacidade política na regulamentação dos direitos e deveres do povo que lhes outorgaram a sua representatividade.

Carlos Lima

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