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As contradições do prefeito Colbert Martins diante da fome de poder/por Carlos Lima

Ciolbert Martins, Geddel E Temer

Certas contradições são difíceis de serem digeridas, principalmente quando partem de um gestor.

Recentemente o prefeito Colbert Martins deu uma declaração nas redes sociais, informando que vem se reunindo com presidentes e secretários de partidos políticos da base aliada e até com prováveis aliados no processo eleitoral desse ano.

Em entrevista (live), em portal baiano, afirmou que sua preocupação prioritária é com o coronavírus, porque a cidade tem inspirado cuidados com o aumento do número de casos comprovados.

Uma prioridade duvidosa comparada a posições adotadas visando as eleições municipais.

Afirmou recentemente manter contato constante com o ex-prefeito José Ronaldo. O fato se comprova ao afirmar de forma afervorada: “acredito que definição já há sim. O que falta exatamente é ele tornar isso público”.

Disse ainda: “E política é publicizar uma decisão como essa.”

Como se estivesse implorando ou justificando o apoio de José Ronaldo, que ainda será divulgado, declarou que:

“Fui e sou leal ao governo que eu participei. Ronaldo, não tenho dúvida, também é absolutamente leal e escolherá, evidentemente, um momento mais adequado para poder tomar essa posição. De qualquer sorte, nós já estamos próximo do momento que vão ser realizadas as convenções partidárias e eu acho que a posição dele vai ser de manter a ação forte de crescimento do grupo que eu faço parte, do grupo que o apoiou e hoje no grupo que tenho certeza que vai nos apoiar conjuntamente”.

Não pretendo entrar numa análise mais profunda do que significa lealdade política. Mas ouso reportar sobre os fatores que contribuíram para que Colbert Martins aceitasse deixar de ser um dos líderes da oposição em Feira de Santana para se tornar liderado de José Ronaldo, não foi lealdade.

Na oportunidade, politicamente ele era um agente terminal, sua prisão no governo Temer, lhe impôs um câncer ofensivo. As esperanças de crescimento político em Feira de Santana estavam praticamente soterradas.

A única esperança era se submeter a liderança de José Ronaldo, transformou o PMDB, hoje MDB, em aliando do DEM, e indicou o professor Luciano Ribeiro como vice-prefeito na chapa de Ronaldo.

Na eleição seguinte, acreditando na falta de memória do brasileiro, segundo dito popular, substitui o professor Luciano e colocou seu nome como vice de Ronaldo.

Num bafejo da sorte, o prefeito José Ronaldo, sem nenhuma possibilidade de vitória, renunciou a prefeitura de Feira e saiu candidato a governador do Estado da Bahia.

Colbert Martins assumiu a prefeitura, coisa que jamais aconteceria, naquela oportunidade, se fosse candidato. No momento, mesmo com uma administração desastrosa, que ser reeleito. Mais uma vez, dependerá da liderança de José Ronaldo. Sem ele será impossível.

Sua fome de poder e perseguição dos seus objetivos suplantam e se confunde m com o seu entendimento de lealdade.

A verdade é, quando não se usa da sinceridade de propósitos fica complicado o reconhecimento e o processo de rejeição se acentua.

Feira de Santana em primeiro lugar.

Carlos Lima

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