Dizem que toda unanimidade é burra. Será que a eleição da mesa diretiva da Câmara Municipal de Feira de Santana, que elegeu a vereadora Eremita Mota presidente da Casa se traduz na confirmação desse dito popular.
Não acredito.
Tratando-se do Poder Legislativo feirense essa premissa é falsa.
Os interesses políticos individuais, independente da formação cultural de cada um dos edis, nessas ocasiões, são como raposas no meio do galinheiro.
É evidente que uma forte negociação foi realizada, unindo situação e oposição em torno de objetivos políticos que atendem a atual realidade política dos vereadores.
A primeira suspeita se comprova com o prefeito Colbert Filho, o mequetrefe, reenviando ofício indicando, mais uma vez, após ser rejeitado, o nome do procurador Moura Pinho para ser reconduzido à Procuradoria do Município.
A questão jurídica seria mais uma vitória da Câmara. Por outro lado, após a rejeição da indicação, que aconteceu antes das eleições, teria provocado a base do governo a tal ponto que votariam contra a candidata da oposição, vereadora Eremita.
A resposta política da situação, gerando unanimidade no processo eleitoral é inusitada.
Por trás desse consenso eleitoral existe mais interesses difusos do que se possa imaginar.
Algumas pistas existem que podem ser analisadas se o Procurador for reconduzido ao cargo.
Seria nada mais, nada menos, que a confirmação da submissão política da oposição.
A tentativa do poder Legislativo consolidar sua alforria nessa gestão, continua sendo utópica.
Carlos Lima