Com 20 anos de poder político em Feira de Santana, acredito ter chegado o momento para reflexão mais profunda sobre o que Feira de Santana e o seu povo precisam para retomar o desenvolvimento, mesmo porque, esse é o momento para debater propostas embasadas em concepções de justiça social e econômica, para melhorar a vida cotidiana.
As eleições no município, em que pese o impacto de décadas, com aliciamento e aplicação do dinheiro público de forma quase irresponsável, conforme denúncias, suspeitas, e a realização da Operação Pityocampa sobre o desvio de mais de 100 milhões de reais na área de saúde do município.
Diante de tais condicionantes, o feirense não pode desconhecer e aceitar que candidatos envolvidos em corrupção, respondendo a processos, com um histórico político que consta passagem por prisões e envolvimento no desvio de recursos públicos, possa continuar ou administrar o município.
Quem possui características de bom político não acumula improbidade administrativa no seu curriculum.
O que não é o caso de candidato a prefeito e vice na terra de Lucas.
Para aqueles que consideram Lucas como criminoso, a possibilidade é histórica e aceitável.
O feirense, nessas eleições municipais, precisa discutir seriamente a cidade e as condições do seu povo.
Diante desse processo eleitoral tão sui generis, com uma grave crise de coronavírus, escancarada e repleta de mazelas na aplicação de recursos e combate ao vírus, é preciso algumas indagações.
Como candidatos e candidatas a Prefeitura e Câmara de Vereadores de Feira de Santana pretendem, na rede municipal de ensino, por exemplo, conduzir o retorno às aulas presenciais em 2021?
O que propõem para a volta segura, e inclusiva?
O que apresentam para recuperar este ano letivo, perdido, por grande parte de crianças e adolescentes da rede municipal de ensino?
O que pretendem fazer para resgatar os mais de 100 milhões de reais desviado da saúde do município?
O que farão para tornar viável o BRT que não funciona e não vai a lugar nenhum?
Quais os projetos para modernizar o sistema de transporte coletivo, recuperando, ou não, os terminais que estão sendo gradativamente abandonados?
O que apresentam para avançar na construção de políticas educacionais no âmbito municipal?
Até agora não vislumbramos ou enxergamos essas simples preocupações para com o município e seu povo.
A não ser, declaração do atual presidente da Câmara de Vereadores, José Carneiro que se diz preocupado e trabalhando apenas para sua reeleição.
Sem dúvida essa foi à verdadeira, a mais perfeita definição, para alguém que se diz representante do povo. É auto reconhecimento, deve ser aplaudido pela sua sinceridade.
Do que se pode lançar mão para combater desigualdades socioeconômicas locais?
Precisamos perguntar isso aos postulantes ao Executivo e Legislativo municipal, e exigir desses candidatos coerência e propostas de equidade.
Portanto, chegou a hora de seguir por novos caminhos. Vinte anos de submissão consolida a cegueira da subserviência.
Carlos Lima