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COMUNIDADE QUILOMBOLA DE FEIRA GERA RENDA COM PRODUÇÃO DE PIZZA

A produção de pizza é o novo viés de geração de trabalho e renda para a comunidade quilombola de Lagoa Grande, no distrito de Maria Quitéria.

A produção de pizza é o novo viés de geração de trabalho e renda para a comunidade quilombola de Lagoa Grande, no distrito de Maria Quitéria. Para enfrentar o desemprego, 19 mulheres desta localidade literalmente “arregaçaram as mangas” e botaram a mão na massa para fabricar o alimento, que tem muita aceitação dos feirenses e se tornou uma febre no empreendedorismo.

As mulheres fazem parte de um grupo da comunidade quilombola assistida pelo Centro de Referência em Assistência Social São José (CRAS), órgão da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedeso). Diversos outros equipamentos vinculados a esta  pasta também estão promovendo transformações de vidas, elevado a autoestima e indicando caminhos para a geração alternativa de renda.

O secretário Ildes Ferreira diz que a iniciativa é transformadora pois ao invés de criar dependência, o projeto proporciona independência financeira, já que o Governo Municipal ensina os moradores da comunidade a produzirem e buscarem suas rendas como autônomos, não só com a produção de pizza mas também de diversos outros produtos alimentícios de fácil produção e boa aceitação, além de artesanato.

A coordenadora do CRAS São José, Vânia Santos, revela que a produção de pizza faz parte do curso de doces e salgados, no qual as mulheres também aprendem a produzir biscoitos, pães, bolos, tortas e diversos outros produtos de custo baixo e alta rotatividade no mercado. Os cursos são ministrados uma vez por semana, sempre às quartas-feiras pela manhã. A cada aula, as participantes aprendem a fazer um produto diferente e de boa aceitação no mercado.

PERSONAGEM

“O produto foi escolhido para compor o leque de opções nas aulas de culinária devido ao baixo custo e a procura. A pizza vende fácil e gera bons lucros, além dos ingredientes custarem relativamente barato e de fácil produção”.

Márcia de Jesus Campos, residente na sede do município, mas que se deslocou até o distrito para acompanhar uma nova turma visando se aperfeiçoar. “Já estou produzindo e os resultados são maravilhosos. Agora estou me dedicando a área de panificação e pretendo me aperfeiçoar com pizza pois dá bons lucros”.

Joana Alves dos Santos, 56 anos, moradora da comunidade quilombola: “Eu não imaginava que fosse tão fácil produzir pizza assim. Estou aposentada e agora pretendo voltar a ativa, ensinando os filhos a produzirem também para não ficarem parados”.

Daniela Almeida Bispo, 28 anos, desempregada: “também estou na expectativa de garantir a independência financeira com a produção de pizza. Já consegui aprender e pretendo logo me tornar profissional”.

 

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