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Construção política inviabilizou nome de Zé Ronaldo para vice, ou foi a negociação/ por Carlos Lima

José Ronaldo de ACM Neto. A escalão não ocorreu

Ao anunciar o nome da empresária Ana Coelho para vice na chapa majoritária para o governo da Bahia, na tarde de quinta-feira (4),  o candidato do União Brasil, ACM Neto afirmou em entrevista que a construção política pesou na escolha que disse e que seria impossível atender a todas as expectativas.

Que tipo de construção?

Não teria sido a negociação de dois jatinho e combustível durante a campanha eleitoral? Comenta as más línguas nos bastidores da política.

Afirmou: a construção política resultou na apresentação do nome de Ana, que tem de um lado o respaldo político, (Nilo Coelho) e de outro um perfil maravilhoso para o que eu desejo.

Deseja (…)

Falando de Marcelo Nilo e José Ronaldo, confirmou que ambos serão candidatos a deputado federal. O que  confirma o que tínhamos previsto a muito tempo.

Ainda em relação a Ronaldo, disse ter um imenso carinho e prometeu dar um tempo ao ex-prefeito de Feira de Santana para que ele possa refletir sobre as suas decisões políticas durante a campanha.

Essa é uma posição de quem não está fazendo questão ou preocupado com a tomada de decisão do ex-prefeito.

É um recado de desprezo: “decida o que quiser, tanto faz”.

Se estivesse preocupado com o amigo, faria o mesmo que está fazendo com Marcelo Nilo, ligando, demostrando preocupação, explicando e dizendo que ele é importante em sua campanha.

Mas não é isso que acontece no trato com Ronaldo.

“Olha aí cara”, você tem todo tempo para decidir.

Incrível que José Ronaldo, um político muito experiente ainda não tenha percebido que ele pode estar sendo descartado nem nenhuma sutileza.

O resto é conversa de ‘meu boi morreu o que será de mim’. Admiração, respeito, consideração, carinho é papo para conquistar a viúva.

Fiquei admirado em saber que Ronaldo foi a residência de ACM Neto. (‘pseudo tamborete de cabaré’, segundo comentários de grande parte do povo) sem convite.

Tomamos conhecimento de que parte da conversa foi a seguinte:

“Ele foi à minha casa. Ele sempre terá todo meu carinho e acho, mas isso depende da vontade dele, que ele pode ter um papel importantíssimo na campanha e depois. Mas eu tenho que respeitar a vontade, a decisão e o posicionamento dele. Nada da minha parte muda o carinho, o respeito e a admiração de que Zé pode ter um papel preponderante neste projeto, ele tem um tempo pra isso.”

Segundo Neto, a conversa que teve com José Ronaldo pela manhã foi tranquila, “agora evidentemente que não posso falar por ele. A mim pessoalmente ele nunca trouxe nenhuma palavra no sentido de se fastar do grupo.

Carimbou sua posição afirmando:  “é natural que ele possa ter o tempo necessário para refletir, porque a pessoa quando cria uma expectativa e não se concretiza, tem que ter um tempo, e eu tenho que respeitar. Seja qual for, as eu tenho que respeitar a vontade, a decisão e o posicionamento dele.”

A verdade é uma só. Nas negociações as vantagens e  o pedigree de Ana Coelho foram colocadas na balança e José Ronaldo perdeu. No entanto, a depender da decisão de Ronaldo, ACM Neto pode ser arrepender amargamente.

Algo me faz lembrar a derrota de Paulo Souto.

Carlos Lima

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