Uma novidade nas eleições desse ano em Feira de Santana está sendo consumada com a formação de uma frente de centro-esquerda, integrada por quatro partidos políticos de pouca capilaridade eleitoral, PSB, PCdoB, PV, e REDE com a finalidade de apresentarem candidato a prefeito.
Com o argumento de que o município passa por um processo de cansaço administrativo e a população anseia por mudanças na condução da gestão, resolveram apresentar uma alternativa eleitoral no pleito desse ano.
Essa decisão está programada para ser confirmada na manhã de hoje, quarta-feira (5). O fato nos deixa a certeza de que as posições consideradas de esquerda, mais uma vez entram no processo eleitoral, completamente fragmentada.
Comportamento político que defende os valores e interesses pessoais, em detrimento do coletivo, fortalecendo a continuidade do que existe, fornecendo condições reais de fortalecimento do que existe e a liderança do ex-prefeito.
Desconhecem os caminhos para o entendimento e fortalecimento dos seus projetos de governo, deixando de forma clara a disputa intestina pelo poder.
Não resta dúvida de que a atuação o vereador Roberto Tourinho, na condição de oposição é aceitável, mesmo protagonizando desequilíbrios emocionais em seus pronunciamentos. Mas daí encontrar motivos para que ele consiga administrar o município com razoabilidade, é outra coisa.
A frente centro-esquerda também nutre o desejo de cooptar partidos de centro e formar uma unidade política para derrotar José Ronaldo.
Até o presente momento, reconhecemos que o cansaço político existente, está crescendo porque Ronaldo deixou a prefeitura para se aventurar numa campanha ao governo do Estado, que ele tinha consciência plena de sua derrota.
O Vice, Colbert Martins, assumiu e comprovou que é desprovido de qualquer espírito coletivo, liderança e não tem carisma, o que resulta em um alto índice de rejeição.
Daí o crescimento do desgaste administrativo.
Diante desse quadro, as esquerdas não conseguiram entender que este é o momento mais próximo que já tiveram para criar as condições objetivas para derrotar a liderança política de José Ronaldo, e chegar ao poder em Feira de Santana.
A unidade está sendo provocada pelas condições objetivas criadas pelas próprias contradições da situação.
Infelizmente, essas contradições não foram assimiladas pelas esquerdas no município, que continuam se digladiando.
Esse é o momento de somar esforços, repartir o pão e derrotar os mais de 20 anos de poder de um grupo que espertamente busca se perpetuar no comando político no município.
Estou cético quanto a essa estratégia individualista de força política que mais se identifica com uma doença degenerativa a exemplo da osteoporose.
Carlos Lima