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Feira de Santana: gasolina batizada supera católicos e evangélicos/Carlos Lima

Raro momento de fiscalização e o crime confirmado

O batismo é algo sagrado para determinadas religiões, mas está sendo adotado no mundo da adulteração de combustível, com a demonização: “gasolina batizada”.

Em Feira de Santana o procedimento é alarmante, superando o batismo católico e evangélico.

Essa ação criminosa, de fiscalização imperfeita, relaxada e talvez de condições desconfiável, vem afetando a maioria dos motoristas, gerando prejuízos além de provocar, segundo comentários, o enriquecimento ilícito de interessados na adulteração.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), as principais adulterações são por excesso de álcool na gasolina, presença de solventes e também metanol.

Tomei conhecimento que a grande novidade na adulteração de combustíveis, principalmente gasolina, que já recebe solvente de borracha, por exemplo, é o óxido de ferro.

Segundo dados técnicos, ele age como “aditivo”, a substância provoca pequena elevação da octanagem de gasolinas de procedência duvidosa e de baixa qualidade.

A substância é proibida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mas está sendo utilizada no município feirense em larga escala.

Está ficando cada vez mais difícil encontrar postos confiáveis, que vendem combustíveis com a aditivação testada em laboratórios e uma normal preservação de motores.

A adulteração visa o lucro ilegal.  Essa é uma prática que se expande em todo o país, Feira de Santana segue a mesma linha. A fiscalização quando aparece, todos sabem com muita antecedência e o roteiro pré-determinado inclui no máximo quatro postos.

A situação é amplamente comentada em Feira e região.

Alguns chegam a afirmar que denunciar a gasolina batizada, é ação de alto risco.

Para fazer esse artigo segui o diagnóstico de um mecânico sobre o motor do meu carro.         Fiquei estarrecido, só uso gasolina aditivada e mesmo assim os problemas identificados foram os seguintes:

Sujeira na bomba de gasolina causando problemas na aceleração, corrosão do sistema de injeção eletrônica e mangueiras. Tudo provocado por gasolina batizada.

Espero que as autoridades façam a sua parte.

Infelizmente, tenho que fazer os reparos com recurso próprio, continuar esperando que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis seja mais responsável e cumpra com eficiência suas funções.

Carlos Lima.

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